terça-feira, 30 de outubro de 2007

Chapter 290 - Mhuai Thai Cookie

ONG BAK

Ong Bak é um filme de artes marciais tailandês que tem passado na TV fechada. Qualidade acima do esperado, lutas bem feitas e sem dublês e cenas de perseguição ao estilo Jackie Chan com cenas muito boas. A porrada come solta e dá pra ver que apesar de coreografada os caras tão fazendo a luta pra valer.
A história é sobre um vilarejo que tem a cabeça de seu Buda sagrado roubada e o garoto estudante do mosteiro que sabe lutar vai pra Bangkok cair na porrada pra pegar a cabeça de volta, porque sem a cabeça a vila vai cair em desgraça. A história é fraquinha, mas sustenta o filme. Os atores são mais ou menos ruins (em geral são péssimos) e o ator principal Tony Jaa até dá traços de saber realmente atuar.
Se você sente falta de um bom filme de porradaria sem frecura, sem maluquinho voando e sem efeitinho matrix Ong Bak é a sua melhor opção hoje em dia.


Cookie Monster já procura por uma academia de Mhuai Thai...

domingo, 28 de outubro de 2007

Chapter 73 - Goodbye, Bang Bang

Eu peguei o carro e circulei nas ruas. Eu ia procurar o Macedo e pensei no que eu havia dito. Eu ia ensinar ele a ser policial. Era ridículo isso, pois depois do que eu havia feito eu não podia me chamar de policial. Eu iria mesmo era enfiar a porrada nele e arrancar informação dele.
Estava ficando de noite e eu fui num muquifo, uma mistura de boate com puteiro e eu sabia que ele costumava se divertir. Eu entrei e fui pro balcão pedir uma bebida. Ao pagar molhei a mão do barman e perguntei se ele sabia do Macedo. Aumentei a gorgeta e ele me falou em qual quarto ele estava. Ele havia entrado fazia uns 15 minutos então eu ainda podia pegar ele, mas para eu entrar no corredor dos quartos eu deveria pagar por um serviço.
Escolhi uma garota e fui para o corredor. Entrei no quarto dei o dinheiro pra garota e disse pra ela ficar lá se não eu enfiava uma bala na cabeça dela. Ela entendeu rapidinho e ficou em silêncio.
Eu sai do quarto e fui indo em direção à porta do quarto do Macedo. Dava pra ouvir de leve ele transando com a menina então eu fui mexendo na macaneta bem devagar até conseguir abrir. Aquilo estava até fácil demais porque o idiota nem trancou a porta. Abri a porta e já entrei correndo com a arma apontada:
-"Garota, sai daqui em silêncio!! Macedo se você tentar alguma coisa eu atiro e você fica sem pau!!!"
A menina esboçou um grito mas ela entendeu a minha ordem. Ela só conseguir juntar as roupas e saiu do quarto correndo. Eu deixei o macedo colocar pelo menos a cueca dele mas antes disso eu peguei a arma dele. Ele estava puto e dava pra ver na cara dele. Ele ficou sentado na cama e eu em pé de frente pra ele a uma distância segura.
-"O que você quer de mim Lobo? Você devia tar de licença."
Eu dei um tiro no joelho dele pra mostrar que eu não tava brincando.
-"Eu devia estar morto, não é? Para de conversa mole. Eu sei do seu esquema com o Miranda."
Ele gemia que nem um porco. O sangue se espalhava e ele se contorcia de dor.
-"Sim... era pra você estar morto. Na verdade era pra você ter seguido a sua vida. Ninguém achava que você ia explodir. Você sempre foi um cara muito certinho. Pode falar, você ficou puto porque a sua filha quase virou presunto né?"
"O Catatau mexeu com a coisa errada."
"O Catatau era um idiota. Eu avisei pra ele não se vingar. Isso foi tudo errado. E você então.. caralho, como alguém ia imaginar que você ia ficar puto desse jeito e estourar aquela festa...
Tudo foi um engano muito grande.... Você fez muita merda também. Aquela festa ia resolver um monte de problemas nossos, trazer as pessoas certas pro nosso lado... ai como essa merda dói..."
''Então você sabe como a nossa conversa acaba né?"
"Você vai continuar sendo procurado, não importa se eu morrer. Você pegou algo naquela noite que não te pertencia. "
"A garota?"
"Sim. Ela vale muito mais que você meu chapa. Ela sabe de muita coisa. Ela viu muitos rostos, viu muita gente graúda perdendo a linha... puta merda... caralho... você me aleijou seu merda..."
"Você deu a ordem pra me apagar?"
"Não... eu só vi ela correndo com você cara. Eu estava lá naquele dia e falei que era pra pegar ela de volta e deixar ela uns dias sem cheirar como castigo. Ela era a minha melhor... "
"Você vai esquecer a garota entendeu?"
"Você não entendeu. Você está morto."
Eu atirei na testa dele. Eu não ia arrancar nada dele. Como Penélope havia me dito ele só cuidava das garotas. Comecei a fazer a limpa. Peguei a carteira dele, que tinha bastante dinheiro e uns cartões de visita e peguei a chave do carro e um celular. Eu sai do puteiro e peguei o carro dele e peguei o caminho de volta pra casa dos meus amigos. Eu peguei o celular do Macedo e comecei a escutar as mensagens da secretária eletrônica dele. A maioria eu não entendi nada, alguns eram umas putas querendo falar com ele e a última mensagem me deu um soco no estômago.
"Pegamos a garota de volta numa casa. O cara não tava lá, só um casal de velhos que a gente apagou. Ela vai ficar presa aqui na casa do sítio como você mandou. Falou, Renatinho desligando."
Agora tudo tinha ido pro inferno. Meus amigos morreram e a Penélope estava presa e eu nem sabia aonde. Eu apaguei o Macedo antes da hora. Eu havia ferrado tudo.

sábado, 27 de outubro de 2007

Chapter 471 - Ilustrating the Cookie

Segue o endereço para o site do artista Travis Smith que para mim é sinônimo de Heavy Metal. Fez capas e interiores brilhantes para várias bandas.
Seu estilo varia desde o desenho até montagens com fotos e a combinação de ambas as técnicas. Em geral as bandas passam o conceito para ele e com muita liberdade cria as capas, quase sempre perfeitas. Além de capas de CDs ele já fez algumas ilustrações para quadrinhos e até uma versão de um cartaz de um dos filmes de Resident Evil.

Visitem o site e apreciem:

http://www.seempieces.com/display.php


A minha capa preferida é a do excelente álbum Natural Disaster do Anathema

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Chapter 667 - Katatonic Cookie


Capa do CD ao vivo do Katatonia, álbum este que tenho escutado bastante nos últimos dias.
Recheado das músicas do último álbum (The Great Cold Distance) ainda traz músicas do excelente Viva Emptyness, Tonight's Decision e até do Discouraged Ones.
Melhores performances:
Had to (Leave)
Deliberation
Evidence

Realmente na minha opinião só ficou faltando Teargas do Last Fair Deal Gone Down

Pra quem não conhece, o Katatonia é uma banda da Suécia, começaram com um Doom Metal clássico e transicionaram seu estilo para um Metal Progressivo Moderno. Suas músicas se caracterizam por serem melancólicas com temas como solidão, tristeza, arrependimento e decepção.

KATATONIA REGRAS!!!

sábado, 20 de outubro de 2007

Chapter 72 - Desperados

Naquela hora eu queria poder pensar numa solução. Mas eu estava tão desesperado quando Penélope. Na minha busca por vingança eu criei uma desgraça muito maior. Agora eu não só tinha que salvar a minha pele, mas eu tinha que salvar a moça. Não era uma obrigação, mas porra como eu ia abandonar alguém desse jeito? E ela bem ou mal salvou a minha vida. De certa forma eu pensava nela um pouco como a minha filha. Ela não devia ser muito mais velha do que ela e quando a vi chorando eu pensei no que a minha Dalila podia estar passando agora se ela tivesse sido envolvida nessa merda toda. No fundo eu era um cara de coração mole. Pelo menos quando se tratava de menininhas.
Eu tinha que achar um jeito de me livrar dela. Deixar essa menina segura e longe dessa zona.
"E o seus pais?"
"Descobri esses dias que o meu pai está na lista do secretário. A minha mãe morreu alguns anos atrás... Se o meu pai descobrir que estou metida nisso as coisas só vão piorar... eu nem quero imaginar..."
"Eu preciso te deixar num lugar seguro, longe disso tudo. Você não tem ninguém que possa confiar agora?"
Ela abanou a cabeça negativamente com o rosto vermelho de tanto chorar.
"O que mais você sabe sobre eles?"
"Bem, um monte de coisas... se você lê jornal você sabe que o Miranda ( o secretário de segurança) vai se candidatar a governador. E parece que ele vai ganhar."
"Sim eu sei. Ele vai ganhar fácil e agora eu entendo porque. Ele suborna metade do tráfico do estado e tem na mão um monte de gente rica. O que eu sei também é que desse jeito ele deve ter inimigos."
"Isso eu não sei... eu só posso apontar alguns nomes da lista dele..."
Passei horas conversando com ela sobre isso. Era difícil pra ela, porque no fundo ela sabia que ia ter que me ajudar e isso significava mais perigo. E ela sabia também que não ia arranjar mais droga e isso só ia foder com o estado mental dela.
Eu não podia contar com nenhum informante, pois provavelmente eles trabalhariam pra algum aliado do Miranda. Ele com certeza ia ganhar as eleições. Desde que ele assumiu a segurança do estado a polícia ganhou uma força considerável, o tráfico havia recuado em parte, ele conseguira acordos para renovação de frota e armamento, era tudo uma maravilha. Tudo movido a corrupção e pó.
Eu não podia lutar contra o sistema. Eu tinha que descobrir quem era o olho dele e cegar o desgraçado. Ele não podia mandar em tudo, tinha que ter um testa de ferro que cuidava do serviço sujo.
"Penélope, quem é que toca os negócios dele? Ele não pode tomar conta de tudo. Quem é que ameaçava os ricassos com as fitas?"
"Eu sei quem supervisionava as garotas. Era o Macedo. Era um policial também."
"Macedo? Antônio Macedo?"
"Conhece?"
"Um grande filho da puta. Andou avançando nos esquemas então... Eu cuido desse desgraçado fácil...
Penélope, eu quero que você fique aqui por uns dias. Aqui é isolado e vão cuidar de você. Você vai sentir falta da droga mas as pessoas aqui vão te ajudar. Você tem que largar isso senão eu não vou conseguir te tirar dessa, tá entendendo?"
"O que você vai fazer?"
"Eu vou visitar o Macedo. Eu vou ensinar pra ele o que é ser policial."

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Chapter 71 - The Truth Hurts

Eu ia morrer. Tinha tiro vindo de todos os lugares. A mulher do meu lado estava chapada e pronta pra morrer também. Confesso que nesse momento eu pensei em pouca coisa. Pensei na minha filha, nas merdas que eu tinha feito pra chegar a essa situação podre e também fiquei olhando pros peitos da Penélope, porque eles estava bem perto de mim na hora.
Então os tiros pararam. Uma hora tinha que parar porque isso não é uma merda de um filme. Eu arrastei a Penélope comigo na esperança de entrarmos no outro cômodo da casa e quando percebi começaram a tacar fogo. Na outra sala havia uma janela que podíamos pular mas dava de cara para um barranco nada amigável.
Eu quase a arremessei e fui logo em seguida, rolando no barranco, me arrebentando, me cortando e quando percebi nós estávamos a uma boa distância da casa que a esta altura já queimava bem alto.
Tudo isso significava que eu estava muito ferrado. De algum jeito esses caras sabiam do médico que eu havia chamado e tentaram me apagar. Eu não podia pensar muito nisso porque eu tinha uma mulher desmaiada prestes a ter uma infecção séria e nós estávamos no cú do mundo sem carro ou qualquer meio de transporte. Eu deitei Penélope num matagal aonde ela ficaria escondida e comecei a revirar a região. Achei uma bananeira o que ajudou porque ia ser bom comer alguma coisa e também achei uma trilha que levava pra fora daquele fim de mundo. Eu estava com muito medo porque essas trilhas eram também usadas pra levar drogas e pra esconderem presuntos (do tipo errado de carne), e se eu encontrasse alguém eu morreria na certa, fora o fato de estar um breu total. Após umas duas horas voltei e Penélope estava acordada e sentindo todas as dores que não sentia antes. Nós passamos a noite em silêncio até o sol aparecer. Ela chorava muito e eu a mantia em silêncio e a fiz comer um pouco.
Quando o dia apareceu nós caminhamos a trilha e chegamos num bairro de uma parte muito ferrada da cidade. Arrombei um carro, fiz uma ligação direta e começamos a circular em direção aos bairros mais nobres. Era um risco, especialmente se eu fosse visto por um policial mas ficar naquele buraco era mais perigoso ainda.
Então quando tudo estava uma merda completa ela abriu a boca de novo:
"Eles estão atrás de mim agora. Eu sei demais. Eu queria sair, mas... eu preciso da droga senão eu vou acabar morrendo..."
Era uma voz arranhada, fraca até irritante. Com certeza ela deve ter visto todo o tipo de merda acontecendo. Gente famosa e influente comprando sexo e drogas e isso geralmente acaba arrebentando pro lado mais fraco, que estava representado pela mulher bem ao meu lado.
"Você deve ter visto muita coisa ruim de gente importante, né?" eu falei.
"Você não sabe quem eu sou... é muito pior do que você imagina."
Chegando na zona rica eu me dirigi à casa de um amigo meu, de confiança. Eu só recorria a ele nas horas mais fudidas da minha vida e só porque eu já havia feito o mesmo por ele. Era o Barros. Ele fora o meu chefe faz tempo e já era aposentado. A esposa era uma médica das antigas que remendou muito policial furado e eu estava precisando dos dois. Eles me receberam como sempre e cuidaram de mim e da Penélope. Escondi o carro bem longe da casa dele e depois disso consegui ter uma noite de sono.
No dia seguinte eu decidi que era hora de ter uma conversa séria com a dona prostituta:
"Começa a falar. Se eu vou morrer eu quero enteder como essa merda vai acontecer."
"Eu juro que vou falar a verdade, mas eu não vou te culpar se você não acreditar."
Ela cuspiu tudo. Ela era filha de um cara rico, e virou uma porra de uma viciada. Começou a traficar como forma de pagamento. O problema é que o pai descobriu e desertou a vagabunda e ela começou a se vender pra pagar a droga e se manter sozinha. E aí é que toda a sujeira começa.
Sabe eu realmente não acreditei quando ela me falou. Ela fazia parte de um esquema mais sério. Além de levar a galera até às drogas e iniciar novos clientes ela envenenava a sociedade. Ela se vendia pros ricassos, faziam eles cheirarem e fumarem todas e no processo fotos e filmes eram gravados. Tudo isso era usado como barganha para ganhar vantagens. A Penélope não era uma puta qualquer, ela devia ser material bom pra pegar os peixes grandes com a calça arriada. Ela falou que alguns industriais e até um senador haviam caído na armadilha, embora a maioria dos alvos fossem os filhos deles. Os rabos presos cuidadavam do resto.
Mas eu fiquei muito assustado quando ela falou quem era o principal beneficiado disso tudo. E quando ela falou muitas peças se encaixaram e algumas coisas fizeram sentido. O cara que tava armando isso tudo era o meu chefe. O secretário de segurança do estado. Naquela hora eu sentei na cadeira mais próxima e respirei bem fundo e tudo o que eu ouvia era o choro da mulher ao lado...
"Eu não quero morrer... eu quero sair disso... me ajuda..."
Por dentro o meu choro era idêntico ao dela.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Chapter 70 - Her Poison is Sweet

Mais uma parte da história...


Lá estava eu, em frente a uma prostituta apontando uma arma para mim e me pedindo uma carona pra sair de genocídio em miniatura que eu havia promovido alguns minutos antes. Ela não tremia e a arma realmente estava engatilhada então eu tentei ficar o mais calmo possível:
"Muito bem. Você vai baixar essa arma, e a gente vai embora daqui juntos."
Ela demorou alguns segundos mas baixou a arma. Na hora deu uma vontade enorme de descer a porrada na cara dela mas eu estava com pressa e acabei arrastando ela junto comigo. O resto do bando já havia indo embora e por sorte um dos carros ainda estava lá. Entrei com a mulher e saímos rapida e discretamente.
Quando ela me ameaçõu ela estava determinada, mas no carro ela tremia que nem bambum no vento.
"Estou com frio" ela disse. Uma mentira muito mal contada. Ela devia é ter cheirado demais. Todo mundo tava pirado naquela festa e ela não devia ser exceção. A viagem ia ser um pouco longa. Era de noite, a estrada era uma bela porcaria e correr era muito perigoso. Apesar da zona que eu havia deixado pra trás não havia nenhum policial e se tivesse algumas notas de 50 iam me deixar invisível. O fato é que se essa porra louca tivesse um ataque no carro ela provavelmente ia morrer antes de chegar no hospital.
Felizmente ela não piorou e depois de um tempo adormeceu o que me permitiu pegar a arma dela. Quando estávamos chegando perto da cidade perguntei aonde ela queria ser deixada e aí é que começou a merda:
"Não tenho pra onde ir."
"Olha dona, comigo é que você não fica. Nem adianta você procurar a sua arma porque já nem está mais com você."
"Se eu voltar pra minha casa eles me matam."
"Eles quem?"
"O pessoal que você acabou de irritar muito. Se eu fosse você eu nem voltava pra sua casa mesmo por que a essa altura já devem ter te marcado."
Além de puta era mentirosa eu pensei. Aquela desgraça toda aconteceu fazia menos de 3 horas e já teria alguém pra me matar? Tá certo que acabei com a casa de algum ricasso e matei um traficante que tinha uma influência considerável, mas nada disso me marcaria tão rápido. Apesar disso em 2 minutos a puta passaria de mentirosa a salvadora. Do nada ela me empurra pro lado e quando eu vejo tem um furo e uma marca vermelha no para brisa. Era sangue, vindo do ombro dela. Alguém havia tentado me matar e ela havia me salvado.
Antes de eu continuar isso eu tenho que dizer que a partir daquele momento eu estava oficialmente fodido até a alma. Eu não só havia matado um chefe de tráfico o que por si só já era muito preocupante, como agora eu estava marcado por alguém realmente muito poderoso e puto da vida, mas tão puto que bastou algumas horas pra eu já começar a ganhar bala. Pra completar eu tenho que arrastar comigo uma prostituta drogada que provavelmente vai me causar um monte de problemas, como mais balas e crises de abstinência de cocaína e sabe-se lá mais o que.
Continuando, eu acelerei o carro tentando não me matar na estrada e depois de alguns minutos consegui despistar o carro que me seguia. Quando cheguei na cidade segui o conselho da minha salvadora e rodei procurando um lugar quieto. Estacionei e comecei a ligar para todos os médicos clandestinos que eu conhecia. Depois de cinco minutos ligando achei um velho conhecido que aceitou o serviço e comecei a dirigir até o "consultório".
Ela começou a perder a consciência e comecei a puxar conversa pra ela não desmaiar. Falei um monte de coisas idiotas, que estávamos perto, que tudo ia ficar bem, e fiz uma pergunta meio necessária naquela altura dos acontecimentos:
"Qual o seu nome?"
"Você pode me chamar de Penélope."
Eu duvidei que aquele fosse o nome dela mesmo, mas isso nem me interessou na hora porque havíamos chegado e ela havia desmaiado um pouco antes de sair do carro.
O consultório era um casebre no meio do nada, bem escondido. Estava vazio e fui entrando carregando a moça e a coloquei na cama cirúrgica. Comecei a limpar o ombro ensangüentado e conforme o tempo ia passando eu ficava nervoso porque o médico não chegava. O sangramento havia estancado e o fato da bala ter atravessado deixava as coisas mais simples já que uma extração não era necessária. Eu comecei a achar tudo muito estranho e decidi ir embora. Quando levantei Penélope começaram a atirar. Eu joguei a cama de metal no chão, contra uma parede e nos abrigamos contra as balas. Estavam atirando pra matar mesmo, fuzilando e abrindo buracos nas paredes determinados a acabarem com qualquer coisa viva. Penélope acordou com o barulho e ficou num estado catatônico como se aquilo tudo fosse um tédio completo. No meio dos tiros ela agarrou meu rosto e me beijou quase cortando meus lábios. Naquele momento o perfume dela me invadiu e eu quase pude sentir minha mente saindo do meu corpo.
Quando eu voltei a mim eu até entendi o por que desse beijo. Era porque a gente estava para morrer.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Capítulo 171 - Biscoito, você é um fanfarrão!!!



Com certeza o melhor filme brasileiro que eu já vi.
O filme não tem herói, só bandidos e vítimas.
Capitão Nascimento e o BOPE são máquinas de matar necessárias numa cidade em estado de guerra.
Só faltou o CAVEIRÃO!!!

Só um comentário: Chuck Norris nem agüenta o treinamento do BOPE...


Cookie Monster quando tem problemas liga pro BOPE!!!

domingo, 14 de outubro de 2007

Chapter Ever After - Stardust


Terminei de ler o livro, e devo dizer que é excelente.
Não sei dizer se o livro é muito melhor do que o filme porque existem muitas diferenças e muitas delas no filme são boas.
O livro tende a ser mais triste, mais violento e menos óbvio enquanto o filme é mais engraçado e tem um final feliz (o final do livro é feliz também, mas é aquele feliz que dá um pouco de pena).
A principal diferença do livro para o filme é que no papel, Stardust descreve muito o ambiente, e a história é um tanto mais mórbida e violenta. Porém é muito mais inteligente. As ilustrações passam um ar vitoriano que deveria passar um ar de pureza aos personagens mas a narrativa logo se encarrega de tornar os personagens frágeis e humanos.
O filme foca mais nos personagens, com uma narrativa mais movimentada e ao longo do filme tem aquela velha lição do "você tem que ser você mesmo" que acaba juntando com "esta é a pessoa que você realmente ama".
Resumindo: O filme é empolgante e feliz. O livro é mais fantasioso mas é mais triste.

Só pra constar: NEIL GAIMAN REGRAS!!! (traduzido do inglês, "Neil Gaiman Rules!!!")

sábado, 13 de outubro de 2007

Chapter Forever - Stars eat cookies sometimes, don't they?



Hoje eu vi um dos filmes que eu mais esperava neste ano. Stardust, baseado no quadrinho/romance de Neil Gaiman, ilustrado por Charles Vess, o filme não decepciona nem um pouco.
A história é sobre Tristan Thorne, um pobre garoto desafortunado que ama a menina rica da vila mas sempre é esnobado. O garoto promete uma estrela cadente à moça para provar o seu amor e aí a aventura começa.
Bem, provavelmente vocês podem achar a premissa da história imbecil, mas Gaiman com a sua imaginação perfeita faz com que a história não seja nem um pouco óbvia, mas sem destruir o clima de conto de fadas.
Neste momento ainda estou lendo o livro, mas posso afirmar que o filme é fiel à sua maneira, Gaiman pessoalmente supervisionou o filme e disse que está perfeito (o que pra mim é suficiente).
O filme conta com a presença de Michelle Pfeiffer (boa atuação como não se vê faz algum tempo), Robert de Niro (perfeito como sempre) e Claire Danes (finalmente fazendo algo que preste e atuando bem). Nenhum dos outros atores deixa a desejar.
O filme tem uma fotografia exemplar, que é bonita mas não tira o foco dos atores, um roteiro compacto que em momento nenhum deixa o filme ficar chato e um humor muitas vezes mórbido que é atípico das historinhas de fadinhas para criancinhas.

Resumindo: STARDUST É FODA. Vejam o filme e comprem o livro. Não necessariamente nesta ordem.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Chapter 102 - The cookie is baked!!!




Completando 90% dos passos do original aqui está o chocobo dobrado por mim.
Está porco, com várias marcas, as patas estão tortas porque os passos não fazem sentido para mim, mas no final ele fica em pé e apesar de torto, está parecendo um chocobo.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Chapter 101 - Quadrimensional Cookie




Parece que estou num estado berserker de dobraduras.
Agora estou tentando um Yellow Bird (um Chocobo).
Segue o estado atual da dobradura. Estou no passo 47 de um total de 80. Considerando o andamento da dobradura, creio que eu consiga terminar em um estado menos deplorável que a arraia do post anterior.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Chapter 100 - Folding is like baking. You must burn a few cookies until you learn it.


No fim de semana passado eu havia falhado retumbantemente em dobrar o unicórnio de Satoshi Kamiya. Eu também havia falhado em fazer uma arraia que era muito mais simples. Hoje com um papel bem vagabundo e muita insistência consegui fazer algo que se parece com o original.
Devo dizer que esta dobradura pode até chegar ao nível do fácil, desde que se aprenda algumas sacanagens. Segue as imagens da dobradura feita pelo "mestre" e versão de pobre do "gafanhoto" aqui.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Chapter 99 - Fold again. Eat the Cookie. Fold one more time.


Interrompo novamente a história e trago mais um gênio do origami. Robert Lang, autor de vários modelos extremamente complexos. Escreveu vários livros, um inclusive sobre conceitos de design de origami. A obra prima deste autor é o Relógio Cuco Floresta Negra (vide acima). Ele junto com Satoshi Kamiya criou o concurso anual de origamis aonde cada ano é proposto um tema e vários designers submetem seus modelos.

Segue o site: www.langorigami.com
Recomendo a sessão challenge ( o desafio anual ) e monumental, aonde ele descreve o trabalho dele fazendo origamis com papeis MUITO grandes, para decoração e exposições.