quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Chapter 63 - Cap is back!!!


Eu não sou o maior fã do Capitão América. Eu não sou americano. Comprar uma revista do Capitão chega a ser idiota para qualquer pessoas que não seja ianque.
Eu achava isso até poucos anos atrás. Este mês a revista do Capitão América chega no número 34 nos EUA, e definitivamente marca um novo início para um dos heróis mais tradicionais da Marvel.
Esqueça todas as baboseiras que você pode pensar sobre um cara que anda vestido de bandeira. Nos últimos anos, a revista do Capitão voltou ao número 1, e desde então esteve sob a batuta de Ed Brubaker, um dos melhores roteiristas de quadrinhos da atualidade.
Mas porque o número 34 é tão especial?
Para isso temos que visitar alguns eventos importantes na cronologia da Marvel.

O COMEÇO DO CAPITÃO ( BEM RESUMIDO)

Steve Rogers era um moleque magro durante a segunda guerra. Ele se alista mas não passa em nenhuma prova física. Como ele queria servir muito, o exército oferece a ele uma chance de fazer parte do experimento do super soldado. Ele toma o soro do super soldado e fica bombadão, tipo um oficial do BOPE melhorado. Quando o experimento com Rogers é terminado os nazistas invadem o laboratório e toda a pesquisa é perdida. Assim nasce o único super soldado, o Capitão América.
Ele vai pra Europa com o seu companheiro moleque, o Bucky, e juntos eles chutam muitos traseiros nazistas. Quando eles estavam tentando pegar o Barão Zemo (um nazista sinistrasso) eles acabaram num avião bomba que explodiu. Bucky morreu, e o Capitão caiu no Mar do Norte.
Muitos anos depois acharam o capitão preso num bloco de gelo, derreteram o bloco, ele reviveu, se juntou aos Vingadores e passou décadas enfiando a porrada em vários vilões.

GUERRA CIVIL

Esta foi a mega-saga da Marvel de 2006/2007.
Um dia, um grupo tosco de heróis em um reality show, enfrentam bandidos muito mais fortes que eles e tudo resulta numa explosão gigantesca que mata 600 pessoas inocentes.
O incidente começa uma discussão sobre a legalidade dos super heróis nos EUA. No fim, como era de se esperar, existem dois grupos. Um quer que os heróis de registrem no governo e a atividade seja regularizada, quem não se juntar será preso. Os outros defendem a liberdade dos vigilantes.
O Homem de Ferro faz parte da ala governista, enquanto o Capitão defende o jeito antigo.
No começo o Homem de Ferro usa de várias medidas que podem ser consideradas drásticas. Usa de força e coerção para atingir seus meios e se alia com pessoas questionáveis. O Capitão não aceita as atitudes do ferroso e parte pra porrada.
No fim, o Capitão se RENDE, mesmo à beira da vitória, mas entende que de certa maneira o Homem de Ferro estava certo, embora ele não tenha usado os melhores meios para atingir seus objetivos.
O Homem de Ferro vence, o Capitão é preso e será julgado por se rebelar contra seu país.

Durante todo este tempo, Bucky estava vivo. Ele havia sido capturado pelos soviéticos. Ele perdeu um braço na explosão mas ganhou um braço ciborgue. Além disso ele sofreu lavagem cerebral e virou o assassino mais sinistro dos soviéticos. Depois de um tempo ele se livra parcialmente da lavagem cerebral e começa a trabalhar para Nicky Fury, um cara sinistro da Marvel que sempre parece ser bonzinho.

A MORTE DO CAPITÃO AMÉRICA

Capitão América, identidade real Steve Rogers, ao ser encaminhado ao tribunal é alvejado por Ossos Cruzados, um velho inimigo, e toma um tiro de rifle. Ao mesmo tempo, a namorada de Rogers, Sharon Carter, sob influência hipnótica do Caveira Vermelha (o arqui inimigo do Capitão) se aproxima de Rogers caído e dá um tiro fatal. O Capitão morre ao chegar no hospital. Tudo isso acontece na edição 25.

Até esta edição eu posso dizer que a revista já estava FODA. Mas aí é que Ed Brubaker consegue ser mais brilhante.
Da edição 26 até a 33, o capitão está morto. Mortinho. Ele não volta. É caixão, pedra e areia. Mas a revista continua excelente, e todas as edições figuram entre as 10 revistas mais vendidas nos EUA.
Nestes números, Bucky e Sharon Carter tentam vingar o capitão. É desnecessário dizer que o fato de ambos terem estados mentais delicados e manipuláveis torna a tarefa árdua, gerando os melhores arcos da revista.
Tudo culmina na edição 33, aonde Bucky é capturado pelas forças do Homem de Ferro.

O NOVO CAPITÃO

Bucky recebe do ferroso uma carta póstuma do Capitão, onde ele pede que o Homem de Ferro cuide do Bucky, para que ele assuma o lugar dele. Bucky aceita apesar de estar bolado pra cacete, mas ele exige que a mente dele seja vasculhada para que seja retirada toda a lavagem cerebral e também que ele nunca vai responder a ninguém, nem mesmo ao governo.
O Ferroso aceita.
Bucky e o Ferroso desenham um novo uniforme e ele sai pra cair na porrada contra as forças do Caveira Vermelha para vingar a morte de seu amigo.

Pode parecer idiota, mas estas revistas são uma das poucas preciosidades no atual mar de merda que existe nos quadrinhos. Os desenhos de todas as edições são bons, o roteiro nunca perde o ritmo e definitivamente Brubaker conseguiu atualizar um personagem mítico de uma maneira extremamente corajosa.

A Marvel matou o Capitão América para deixar o personagem mais forte. A morte dele não foi em vão, ele teve significado no universo ficcional da Marvel, e o novo Capitão não é um zé ruela que pegaram na esquina, é o aluno do Capitão Original. O manto foi passado de uma maneira brilhante.

Atualmente a revista Captain America está sendo publicada na revista mensal, Os Novos Vingadores. Vale a pena comprar só pela revista do Capitão.

PS: No Brasil a morte do capitão ainda não saiu. É uma boa oportunidade para se obter esta fase incrível do personagem.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Chapter 1512 - Hellfire!!!



Eu não quero transformar isso em site de utilidade pública mas aconteceu exatamente isso hoje aqui em casa. A panela com óleo pegou fogo. Minha irmã olhou na internet o que deveria ser feito e agimos de acordo com esse vídeo e nada de ruim aconteceu.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Chapter 81 - Alcohol kills only if you are alive

Entramos no bar, um lugar comum, pouca luz, música ambiente, cheiro de cigarro e bastante gente bebendo. Sentamos no balcão, eu pedi uma cerveja e o barman já servia o Sigmund de vodka.
"Eu sempre venho aqui, já sou conhecido do pessoal." - disse Sigmund animado.
Ele parecia bem animado, um típico cara que fica feliz quando sai do trabalho pra afogar o pobre fígado em álcool.
"Cara pode ir pedindo, hoje eu pago. Não vou fazer muita coisa com esse dinheiro mesmo."
A partir daquele momento eu aprendi que eu deveria ter um salário.
"As coisas aqui funcionam de um jeito meio diferente. Primeiro não existe dinheiro vivo. Não existe cartão, nem conta de banco. Você coloca o dedo numa máquina e ela faz as contas de seus gastos."
"Então a gente tem conta pra pagar? Temos que comprar as coisas em lojas?"
"Não. Você não precisa se preocupar com isso. Nós trabalhamos na empresa. A gente ganha pouco dinheiro... mas a gente faz o que quiser com ele. A gente não tem conta ou imposto. Mas se não tivermos trabalho e dinheiro não tem muito mais o que fazer, entende?"
"E o que acontece com quem não trabalha na empresa?"
"Essas almas tem que trabalhar que nem quando elas eram vivas. Elas pagam contas para terem seus negócios. Energia, aluguel, etc. Mas não pagam nada mais além disso. No final todo mundo precisa de tudo mundo... só trabalhar na empresa me deixaria maluco. Por isso esse bar raramente fica vazio."
"E se alguém não quiser trabalhar?"
"Vai pra uma das portas mais cedo. Em geral a porta do Inferno."
Eu tinha que admitir que essa era uma motivação bem boa para se trabalhar. Mesmo assim era uma utopia. Um mundo sem contas, impostos e todo o seu salário você faz o que você quiser, inclusive encher a cara no bar. Se você quiser até pode abrir seu próprio negócio.
"Mas nem tudo é flores garoto. A cidade é grande... mas ainda é uma cidade só. Pode ser claustrofóbico pra alguns. Fora que também existem leis bem rígidas. Um criminoso aqui vai pro Inferno e nunca tem segunda chance."
"Que tipo de crimes são cometidos?"
"Roubo, assalto, coisas idiotas. Porra, o cara já tá morto e ainda vai assaltar outro... é muita burrice. De vez em quando acontece de uma pobre alma dar uma de maníaco.. e aí a coisa fica feia."
"Maníaco?"
"É cara.. estupro.. essas coisas... esses aí a diretoria de segurança não perdoam... mas isso é muito difícil de acontecer."
Naquela altura eu já havia tomado umas quatro cervejas e Sigmund estava na sexta dose de vodka. Eu continuava a perguntar sobre como tudo funcionava, Sigmund sempre respondendo. Ficamos assim durante horas até que olhei para o relógio do bar e vi que era bem tarde e resolvemos ir embora. Aí eu me dei conta de que eu não tinha um lugar para morar ainda.
"Bem, se você quiser pode morar comigo esses dias. Até você arranjar um lugar pra morar."
Saímos do bar e caminhamos por uns vinte minutos até um prédio aonde ficava o apartamento de Sigmund.
Ele me ofereceu um quarto pequeno mas que tinha uma cama para visitas.
Deitei na cama e fiquei pensando em tudo o que estava acontecendo comigo e não pude deixar de pensar como era tudo absurdo. Mas o que me incomodava mais é que mesmo em tão pouco tempo, eu já me sentia mais feliz do que quando eu era vivo.
Depois disso eu apaguei.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Chapter 602 - You've got Dungeon Key!!!

Eu JURO que tinha coisa melhor pra escrever, mas um amigo me mostrou isso:



Cabeça vazia é oficina do capeta!!!

sábado, 19 de janeiro de 2008

Chapter 80 - A toast for our dead friends

O relógio bateu a hora do fim do expediente. Sigmund me chamou e fui acompanhando até a saída. Naquela hora eu havia percebido que eu não sabia como era a paisagem fora do escritório. Eu não havia visto uma única janela em todo o tempo que eu havia estado lá e eu me perguntava como seria a cidade, os bairros e naquela hora certamente me perguntei como eram os bares.
Pegamos um elevador e depois de alguns minutos saímos do prédio e vi coisas que só havia visto em filmes. Os prédios eram extremamente altos, grandes blocos enormes de concreto e vidro. Era difícil saber aonde um prédio começava e o outro terminava, aquilo tudo era a cidade.
Sigmund tratou de me tranqüilizar:
"Calma rapaz, tem muito o que explicar. Vamos pegar o trem e eu te explico no caminho. Vai demorar um tempo até chegar no bar que eu costumo ir."
Entramos numa estação de trem, esperamos por uns cinco minutos e entramos. O vagão estava razoávelmente vazio e conversamos à vontade. Sigmund me explicou que toda a cidade trabalha em torno do empreendimento dos mortos. A missão da cidade era conduzir as almas para seu destino correto e reter aquelas adeqüadas ao trabalho. Portanto, com o tempo a cidade foi adquirindo contornos que refletem a própria sociedade humana atual, e hoje, o mundo dos mortos refletia ao máximo a nossa era tecnológica.
"Cara, eu estou aqui faz quase 150 anos e eu ainda não me acostumo com algumas coisas. Aquele prédio que nós trabalhamos e todos aqueles que estão anexados a ele, apareceram um dia do nada. Parece que vivemos num mundinho igual àquele que nós nascemos, mas isso é mentira. Isso aqui ainda é governado por coisas que não entendemos."
"E a implantação dos computadores?"
"Isso foi mais complicado. Era inevitável, pois toda a estrutura da cidade estava ficando informatizada. Mas o trabalho de encaminhar os mortos ainda era o mesmo desde a época do primeiro ser vivo. O Zé caveira anotava, e alguém mandava a pobre alma pra porta certa. Depois que ele foi embora, alguém anotava no lugar dele."
"E o que fez mudar isso?"
"Porra, tem gente pra cacete na Terra. E tem gente morrendo pra caramba. Chegou uma época que a gente tava vendo que ia precisar de muita gente pra ficar levando as almas, fora o espaço pra armazenar a papelada. Aí os graúdos da empresa passaram uns seis anos discutindo o plano de informatização."
"Aí veio o pessoal do inferno?"
"Isso mesmo. Ofereceram a plataforma básica... "
"Mas não era mais seguro permanecer como estava? O Jonas me falou que a última vez que haviam errado foi na época da peste negra."
"É... mas o pessoal que analisa a curva de óbitos viu que a coisa podia engrossar nos próximos 100 anos. Guerra ou alguma peste. Aí a diretoria se cagou toda e comprou aquela merda."
"Não me surpreendo que eu tenha sido morto por erro."
"Demorou um ano... mas aconteceu. Vai dar merda das grandes. A Sol sempre foi contra isso... agora ela tem argumento. Não foi à toa que ela colocou você debaixo da asa dela rapaz."
Depois disso o papo descambou para o pessoal da empresa. Típica conversa de sexta-feira depois do trabalho. Sigmund disse que apesar de tudo gostava de trabalhar aonde estava. Ele falou que a Sol era razoável.
"Cara, a Sol é uma pessoa tranquila de trabalhar. Mas ela é meio estranha."
"Por quê?"
"Aquele sorriso dela, meio que te despista. Ninguém sabe quase nada sobre ela, entende? Ela dá aquele sorriso e continua o trabalho dela, ela não te dá oportunidade de saber nada sobre ela. Não entendeu né? É estranho... depois de um tempo você vai entender."
Depois disso foram as outras meninas.
"Cara, de longe a mais escrota é a Úrsula. Ela trabalha direto com a Sol, então ela acha que é alguma coisa. O foda é que ela é gostosa pra cacete."
"É, eu notei... eu mal cheguei e ela fez questão de se apresentar de um jeito bem arrogante. Apesar disso eu fiquei mesmo com medo foi da Astrid, ela quase quebrou a minha mão."
"Ela é tranquila cara. Só não chateia ela porque aquela ali brava é um troço horrível. Ela é uma funcionária antiga pra cacete... tipo, eu ouvi falar, mas acho que ela era realmente viking antes de vir para cá."
"E as outras?"
"As outras meninas são tranquilas. No final é tudo mulher mesmo, entende? Vai ter hora que vai tar boazinha, outra hora histérica, outra hora pintando a unha... as coisas são iguais que nem de onde você veio."
"É. Eu fui contratado porque eu sou bonitinho."
"Quem disse isso?"
"Anika."
Depois disso Sigmund quase se estourou de rir. Ficamos falando algumas besteiras e após algumas estações, saltamos e caminhamos rumo ao nosso destino. Chegamos a uma entrada de um bar bem comum, com um neon brilhante escrito: Paraíso Perdido.




quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Capítulo Carioca 2008




Vai começar um dos campeonatos mais fodas do futebol. CAMPEONATO CARIOCA!!!
Caxias contra Cardoso Moreira!!!
Flamengo contra Cabofriense!!!
Botafogo amarelando de novo!!!

PS: Eu sempre rio pra caramba quando vejo esse vídeo. E eu nem sou flamenguista.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Chapter 62 - From the muddy Swamps of Louisiana

Terminei de ler a Saga do Monstro do Pântano. Não me surpreendi pela qualidade do roteiro de Alan Moore que caga na cabeça o tempo inteiro. O que me chamou a atenção foi a arte de Steve Bissette e John Tortleben. Os traços são precisos com um uso intenso de hachuras para transmitir a luz dos pântanos da Louisiana. As cores vão do bizarro ao psicodélico, e ajudam a transmitir o clima de perturbação e loucura que Moore imprime ao roteiro.
As primeiras histórias do Monstro do Pântano sob o comando de Moore procuram redefinir o personagem, discutindo profundamente sua humanidade, seu passado e seu estado atual de aberração, culminando em uma espécie de renascimento do personagem.Logo em seguida Moore liga o botão do foda-se e faz um arco totalmente focado na loucura com uma história bizarra sobre demônios e insanidade mental, tornando o Monstro do Pãntano num clássico dos quadrinhos de horror. Não é à toa que ele originou o selo Vertigo.

ALAN MOORE REGRAS!!!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Chapter 61 - Still Dreaming

Terminei de ler o primeiro volume de Absolute Sandman e realmente é muito bom. Os dois arcos principais, Preludes & Nocturnes e Doll's House são muito bons e são complementados por histórias mais simples de igual genialidade.
Preludes & Nocturnes lida com o aprisionamento de Morpheus, o Sandman, senhor do reino dos sonhos. A jornada gira em torna da sua libertação, recuperação de seus domínios e o reparo de alguns danos causados durante a sua prisão.
Doll's House conta a história de uma família inusitada e que tem uma importância muito grande para o reino dos sonhos. Não irei detalhar pois a trama seria estragada pelas revelações.
Outra história de destaque é a que foi originalmente publicada em Sandman #19, A Midsummer Night's Dream, aonde ele confronta Shakespeare com o próprio senhor dos sonhos. A arte é de Charles Vess, o mesmo de Stardust e posso dizer que disparado é o melhor desenhista deste volume.
Absolute Sandman ainda vem com alguns extras, como uma carta de Gaiman explicando para os executivos da DC Comics/Vertigo a sua proposta para a revista do Sandman e o roteiro original de Sandman 19# acompanhada dos rascunhos de Vess.

Melhor Personagem: MORTE!!!

SANDMAN REGRAS!!!

Chapter 672 - Tuning the skills

Primeira aula de baixo. Já tenho "dever de casa": adestrar os dedos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Chapter 671 - The God's Icy Wind will Blow

Faz tempo que eu queria falar sobre esta banda. Winds, da Noruega reune quatro músicos, Lars Eric Si no vocal, Carl August Tidemann na guitarra, Jan Axel von Blomberg na bateria e Andy Winter nos teclados/pianos. Basicamente a banda é fixa, mas só lança CDs, nunca fazendo shows, pois todos os integrantes possuem outros projetos/empregos como ocupação principal.
A música do Winds contempla vários estilos, dentre os mais proeminentes são rock/metal, progressivo, folk e com passagens sinfônicas.
O último cd, Prominence and Demise saiu no final do ano que passou e demorou dois anos para ser lançado. O álbum tem participações de vários músicos entre eles a orquestra filarmônica de Oslo (para os fracos em geografia, Oslo é a capital da Noruega).
Além deste CD eu escutei o anterior, The Imaginary Direction of Time.
Eu diria que gosto de ambos os álbums, mas certamente Prominence and Demise apresenta uma evolução em relação ao Imaginary Direction of Time. A música consegue ser mais pesada e ao mesmo tempo mescla melhor as parcelas progressivas e sinônicas que realmente estão harmonizadas com a composição toda e não somente acompanham ou intercalam as passagens musicais.
Prominence and Demise também contém elementos não experimentados em CDs anteriores como a presença do vocal feminino de Agnete Kirkevaag e vocais guturais de Dan Swannö.
Mesmo assim The Imaginary Direction of Time ainda é um álbum excelente.

Melhores músicas:
Distorted Dimension, What is Beauty, Convictions and Contradictions, Time Without End.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Chapter 79 - Live After Death

Entrei na sala de Sol. Uma sala típica de executivo, uma mesa grande, alguns quadros pendurados na parede, fotos, etc..
Sentei na cadeira de frente para ela e começaram algumas explicações. Sol comandava o setor de RH da empresa. Basicamente ele cuidavam de processos seletivos, testes psicotécnicos, testes de proficiência e providenciavam cursos de reciclagem dos empregados antigos.
Ela continuava com aquele papo corporativo e eu me vi obrigado a interromper aquilo tudo.
"Sol, desculpa te interromper, mas assim, eu tou morto faz algumas horas eu queria entender o que acontece na pós-vida, entendeu?"
Ela agiu como se aquilo tudo fosse normal e retrucou:
"Tá bom, pergunte o que quiser."
E eu perguntei. E Sol respondeu a tudo da melhor maneira que possível. Não era algo simples. Especialmente a parte sobre mundos paralelos. Eu só sou um analista financeiro, não sou um ocultista.
Basicamente descobri que eu não estava no Céu, nem no Inferno nem no purgatório. Eu estava numa espécie de encruzilhada entre estes três lugares. Os empregados todos um dia foram vivos no nosso mundo, e foram recrutados devido à habilidades específicas e também devido à capacidade de manter o estado mental num lugar destes.
O mais bizarro foi descobrir que a empresa funciona 24 horas por dia, mas os empregados trabalham em turnos de 8 horas. Depois elas voltam para casa. A empresa fica no meio de uma cidade erguida pela própria Morte (não sei até agora se devo chamar de ele ou ela...).
Descobri que não preciso de alimento ou bebida, embora exista o prazer de se consumir tais iguarias.
Também perguntei sobre o que eu iria fazer. Ela me respondeu que eu iria fazer entrevistas. A empresa havia aposentado mais de 3000 funcionários num programa de demissão voluntária, pois eles haviam chegado há mais de sete séculos e não estavam absorvendo bem a tecnologia nova da empresa. A meta era contratar mais 1000 funcionários nos próximos 3 meses.
Só tive uma pergunta que não foi respondida:
"O que causou o erro da minha morte?"
"Eu não sei. Estão investigando. Muitas vezes não há explicação..."
Eu não quis discutir. Não dava pra ser desfeito. Eu já devia estar apodrecendo. E pra ser honesto a minha vida era boa... mas eu não estava fazendo muita coisa com ela. Talvez seja por isso que eu não tenha lutado tanto. A minha alma ficou revoltada, mas longe de estar realmente furiosa. A minha vida era ir para o trabalho e para casa. De vez em quando sair com algum colega idiota do trabalho. Meus relacionamentos foram poucos e desastrosos. Eu me estabeleci cedo na vida e logo meus pais haviam morrido e eu não tinha irmãos. De certa forma o mundo não está sentindo muito a minha falta. Pelo menos eu não deixei nenhum filho para criar.
Eu saí da sala e como Sigmund havia falado, minha máquina havia chegado. Era um computador comum. Liguei, e começou a funcionar e me senti idiota de não ter perguntado sobre isso para Sol. Será que a empresa da morte sempre foi assim? Mas como? Os computadores existem faz muito menos de um século... e quando eu cheguei aqui o Jonas falou que não cometiam erros desde a peste negra... isso faz tempo pra cacete.
"Sigmund, me responde uma coisa?"
"Claro."
"Você trabalha aqui faz quanto tempo?"
"Cento e quarenta e nove anos. Porquê?"
"Cara, desde quando vocês usam computador?"
"Ah... isso aconteceu ano passado. É uma história longa. O expediente acaba daqui a meia hora. A gente sai num bar e a gente conversa sobre isso."
Quando eu olhei a tela do computador e quase tipo um troço.
"MS Windows"
E Sigmund me deu uma explicação que para mim pareceu muito lógica.
"Ah... vocês acham que alguém lá no nosso mundo inventou isso... cara, isso aí foi a porra do capeta que inventou. E não tou de sacanagem não. Foi o diabo mesmo que lançou essa porcaria. Uns idiotas lá no nosso mundo venderam a alma e tão aproveitando bastante."
Eu me recuperei desta revelação aos poucos, e devagar relaxei, lembrando como eu fazia quando era vivo, como era bom esperar aquela última meia hora de trabalho sem fazer nada, só esperando o relógio avançar. Logo seria o fim do meu primeiro dia no meu novo emprego.



sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Chapter 6 - I, Jiroumaru



Para aqueles que sempre perguntam o que diabos é Jiroumaru, vejam a história até o final. No fim vocês entenderão. Este é o episódio 22 de Cowboy Bebop.



GO, JIROUMARU!!!



Ps: Eu não sou um cavalo.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Chapter 78 - Dead Weight

Eu não sabia o que pensar. Eu havia sido contratado, o que era bom pois eu não iria para o Inferno. Mas ao sair da sala da Chefe Executiva eu me dei conta de que eu agora teria que trabalhar sabe-se lá com o que neste escritório sem fim. Como seriam meus dias? Os dias são contados? Existe folga? Existe expediente? Eu vou ficar eternamente num escritório?
Eu tentei relaxar pois eu me lembrei que eu teria muito tempo para perguntar esse tipo de coisa. Ao sair da sala, Sol estava me esperando com um sorriso típico de gerente de RH quando recebe um funcionário novo. Ela me levaria à minha área de trabalho, me apresentaria aos meus colegas e eu descobriria o que eu iria fazer no escritório da morte. Ela continuava a falar sobre um monte de coisas que eu não entendia nada, sobre fluxo de almas, horários de pico, tipos de falecimentos e após ouvir coisas desagradáveis como estripamento e abortos, chegamos ao meu destino.
Era uma parte um pouco separada do escritório, uma sala bem grande com algumas áreas de trabalho e uma sala para algum diretor ou algo assim. Após olhar uma placa vi que era a sala da própria Sol.
"Eu vou trabalhar pra você?"
"Sim. O Jonas não parecia muito disposto a ter mais um funcionário e o Agamenon só trabalha sozinho. Então eu resolvi que eu precisava de alguém no departamento de RH."
"Você sabe que eu não tenho a menor experiência em RH, né?"
"Você já deve ter percebido, mas eu vou dizer bem baixinho no seu ouvido..."
Sol se aproximou de mim e susurrou:
"Você vai ter todo o tempo do mundo para aprender..."
Aquilo me perturbou. Não foi pelo gesto em si, mas pela maneira como o som percorreu o meu corpo. A voz de Sol tomou meus tímpanos e eu sentia o som passando por mim como se mel escorresse dentro do meu ouvido. Foi engraçado e assustador ao mesmo tempo.
"Alexis, você ainda deve estar confuso, daqui a pouco eu vou te chamar para ir na minha sala. Lá você vai poder fazer qualquer pergunta que quiser. Até mais."
E Sol foi entrando na sala dela e antes de fechar a porta falou para todos na sala:
"Por favor queridos sejam educados e se apresentem ao nosso novo colega, o nome dele é Alexis." A voz de Sol voltou a ser melodiosa e meio idiota.
Haviam mais 6 pessoas ocupando as áreas de trabalho. Apenas um homem, o que não me surpreendeu nem um pouco em se tratando de RH.
O primeiro que se apresentou foi Sigmund, o único homem até então no grupo, aparentava uns 45 anos, magro, cabelos pretos e aparados e estava fumando. Pelo jeito parecia ser a chaminé do grupo. Depois veio uma menina chamada Sarah, boa aparência, devia ter uns 20 e poucos, cabelos castanhos e aparelho nos dentes. Parecia entusiasmada, toda sorrisos, daquelas que levam bolo para os coleguinhas do escritório.
Em terceira veio Alima, pele cor de bronze e olhos amendoados, me perguntei se era árabe antes de morrer e vir parar aqui. Em seguida veio Astrid, uma mulher bem alta e meio forte, quase albina e com cabelos bem louros, parecia um(a) Viking e quando apertou minha mão quase a arrancou do meu pulso.
A quinta foi Trudy, uma ruiva magrinha, cabelos encaracolados, usava óculos e parecia bem tímida. A última foi Úrsula, cabelos e olhos negros e bem arrogante na hora de se apresentar.
Sigmund logo puxou papo comigo:
"A sua máquina deve chegar logo, então não se preocupa que logo você vai ter trabalho. Cara, ainda bem que você chegou, essas mulheres são muito histéricas. Não tem ninguém pra ter uma conversa de homem nesta porcaria. "
Se não fosse o fato de que eu ainda não entendia muita coisa de como era estar morto eu estava praticamente em casa. Um escritório gigante, diretores, executivos e como não podia deixar ser ser, um monte de mulheres no RH. Mas só depois que Sigmund falou é que eu me toquei que todos usavam computadores no escritório. Isso não fez sentido nenhum na minha cabeça, pois os computadores existiam há menos de um século e bem, a morte trabalhava desde a primeira vida pisou que no nosso planeta.
Antes que eu pudesse me preocupar muito com isso, Sol abriu a porta da sala dela e me chamou.
Era a hora de eu passar tudo a limpo e perguntar tudo o que eu quisesse.