sábado, 31 de maio de 2008

Chapter 702 - Children of Dune


Terceiro livro da série de Duna, Children of Dune é sem dúvida o que mais se aproxima do primeiro livro. No primeiro livro é contada a história de Paul Atreides, um jovem que através de intenso treinamento e um exílio no planeta deserto de Arrakis se torna o messias Muad'dib. No segundo livro, é mostrado como Paul vive seus dias como messias e imperador do universo. No fim, o peso de se tomar as decisões como uma espécie de Deus faz com que ele abandone o trono e se jogue ao deserto sem fim de Duna.
No terceiro livro, seus dois filhos, com apenas nove anos, são alvo de uma intensa conspiração pelo domínio do universo. O que a maioria das pessoas não entende é que como filhos do Messias, eles possuem um grau de conhecimento quase infinito. Leto, e Ghanima juntos trilham um caminho cheio de planos dentro de planos aonde até as últimas páginas não se sabe realmente quem está enganando quem.
O ponto alto deste livro é que certamente ele é mais parecido com o primeiro. Leto passa por provações similares ou mais duras que seu pai sofreu, e a transformação mental e física que ele sofre também reflete as escolhas que seu pai fez ao se tornar Muad'dib e Imperador. Herbert neste livro debate mais uma vez sobre as sociedades, religião e a dependência da humanidade em recursos escassos, uma clara metáfora do Mélange e da água como o petróleo na nossa humanidade.
Outro aspecto assustador no livro é o caráter de Leto, com uma personalidade que leva tudo até às últimas conseqüencias, aonde os fins justificam os meios. "Eu fiz o que o meu pai teve medo de fazer. Eu trilharei o caminho dourado."

Nota: 9

Melhor momento: Leto discutindo com sua avó, Jessica Atreides, dá um esculacho homérico mesmo tendo apenas nove anos.


domingo, 25 de maio de 2008

Chapter 296 - Pirates of the Dark Cookie

Pirates of Dark Water, foi um desenho produzido pela Hanna Barbera entre 92 e 93. No Brasil só chegou lá pelos idos de 96. O desenho se destacava pela criatividade e pela tentativa de se criar uma história contínua. Como quase tudo que presta na TV americana, teve pouca audiência e acabou sem um fim.
A história se passava no mundo fictício de Mer, numa espécie de mundo fantasioso no estilo capa e espada com elementos de magia. O mundo era infestado de piratas e por uma praga, as águas sombrias, uma entidade que habitava os mares e sugava tudo que era tocado. O personagem principal era Ren, príncipe de um reino destruído, que deveria coletar 13 tesouros mágicos que juntos iriam destruir as águas sombrias. Ele contava com a ajuda de Ioz, um pirata típico, Tula, uma espécie de druida que controlava as forças da natureza e Niddler um macaco voador.
O vilão era Bloth, um pirata gordão e mau que nem um pica-pau, e que tinha um navio feito de um esqueleto gigante de Leviatã. Bloth odiava o pai de Ren e também estava a procura dos tesouros para obter o controle das águas sombrias.
O desenho era especial por ter uma criatividade elevada se comparado com a maioria dos desenhos americanos dos anos 90. Várias criaturas e pessoas era elaboradas e os roteiristas tentavam dar um clima Tolkeniano, criando referências históricas e geográficas. Infelizmente o desenho não sobreviveu, principalmente pela animação ser trabalhosa o que aumentou os custos de produção. Isso aliado a uma audiência mediana deixaram a história do desenho pela metade (somente 8 dos tesouros eram encontrados).
Alguns elementos claramente eram referências a filmes como Guerra nas Estrelas. Na figura acima vemos Bloth arremessando Ren ao Constrictus, uma criatura que abitava o casco do Maelstrom (navio de Bloth), que claramente é uma referência ao Sarlacc de O Retorno de Jedi.
Hoje em dia, Pirates é considerado quase um cult entre os amantes de desenhos animados, justamente por ser uma tentativa de se criar uma história épica e com um mundo autêntico, numa época aonde as animações americanas estavam sendo claramente surradas pelo início da invasão japonesa nos canais americanos.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Chapter 603 - Cookie Trigger


Chrono Trigger, um RPG para SuperNES, até hoje considerado por muitos o melhor jogo já feito do gênero. Não tem vez para os Final Fucking Fantasy da vida, Chrono Trigger supera a maioria dos RPGs em todos os quesitos.
A história é completamente sem pé nem cabeça, mas ao longo do jogo forma um argumento forte.
Chrono é um garoto espadachim que vive numa vila comum, num mundo fictício, com alguns elementos medievais/vitorianos/modernos. A história começa quando começa a feira do Milênio, um evento para comemorativo do reino. Chrono vai à feira e conhece uma garota chamada Marle. Juntos eles visitam uma das atrações principais, uma máquina de teletransporte inventada pela amiga nerd do Chrono, Lucca. A máquina funciona quando Chrono usa, mas quando Marle tenta usar, ela simplesmente disaparece. Restando somente um colar com um pingente misterioso que a menina usava. Chrono por pura falta do que fazer (e também porque não ia ter história) entra na máquina novamente com o pingente e vai atrás de Marle.
Toda a história gira em torno de viagens temporais e os efeitos gerados pela manipulação de eventos nas diversas linhas de tempo. Viajando por várias eras, Chrono e seus amigos vão descobrindo outras pessoas de diversas eras e todos se vêem ligados por eventos em volta de um mesmo ser, Lavos (o nome é meio idiota mesmo), um enorme bicho bizarro que parece um ouriço gigante do espaço que possui energia ilimitada e aos poucos devora o mundo. Não precisa de muito esforço para ver que Chrono e seus coleguinhas vão tentar baixar a porrada no ouriço gigante espacial.
A história é bizarra, o argumento até agora não parece nem um pouco bom, então como este jogo é essa maravilha toda???
Bem, superficialmente a história beira o ridículo. Mas quando desenvolvida, vemos que existe um mérito, especialmente pelo aprofundamento que existe em cada personagem. Todos eles acabam revelando seu passado, seus arrependimentos e o porque de estarem envolvidos com Lavos (sim, o ouriço gigante espacial). Os eventos que acontecem ao longo do jogo mostram o caráter de cada personagem diante de eventos como a visão do apocalipse , a morte de um amigo e a busca para trazê-lo de volta da morte. Os diálogos são todos muito bem escritos e acompanhados e músicas igualmente fortes e emotivas. A música é simplesmente a mais rica e mais emotiva que eu já vi em um jogo. Na minha opinião é reponsável por 70% do carisma do jogo. Há músicas que passam melancolia extrema, heroísmo, desespero e todo o tipo de emoção que um pequeno épico possa merecer.
Os gráficos são os melhores da era dos 16 bits, talvez só sendo superado por Secret of Mana 2 que foi feito alguns anos depois.
Chrono Trigger gerou uma seqüencia para o PSX, chamado Chrono Cross, mas não tinha quase nenhum personagem no primeiro, a história era mais fraca, e talvez somente a música fosse do mesmo nível de seu predecessor.

Segue um vídeo que mostra o quão bem feitas eram as músicas de Chono Trigger:


quinta-feira, 22 de maio de 2008

Chapter 677 - Ending Credits



Musica curta e simples, mas uma das minhas favoritas. O título realmente, tem tudo a ver com música.
Estou treinando para tirar no baixo. Quando conseguir algo satisfatório eu posto um som gravado.

domingo, 18 de maio de 2008

Intermission

Eu tenho feito resenhas de outros filmes, mas pelo teor extremamente nerd/insólito/idiota estou postando no meu outro blog, o Ornitorrinco Mariachi (nome igualmente idiota).
O link está aí do lado.

sábado, 17 de maio de 2008

Chapter 295 - Ten Items or Less


Filme despretencioso e sem compromisso. A premissa do filme é que Morgan Freeman, interpreta ele mesmo. Ele acaba parando em uma vizinhança pobre de Los Angeles sem nenhum tostão no bolso e somente cartões de crédito. Ele não tem celular e esqueceu o próprio número de casa pois havia mudado recentemente. Ao entrar num mercado do bairro acaba conhecendo Scarlet (Paz Vega), a caixa do mercado responsável pela fila de até 10 volumes. Scarlet reconhece o ator de cinema e acaba tentando ajudá-lo pois teme que aconteça algo com ele em um bairro pobre e violento. Como em todos os filmes desse tipo um acaba ajudando o outro e acabam se tornando amigos mesmo que apenas pelas poucas horas que irão passar juntos.
Embora o filme sofra deste pequeno clichê, a maneira como ele é desenvolvido não é típica o que torna o filme divertido. O filme mostra como um ator rico se surpreende com coisas simples do dia a dia das pessoas, como violência, pobreza, e até com o fato das pessoas viverem normalmente com coisas simples e baratas. Ao mesmo tempo Scarlet acaba contando com a ajuda de Freeman para encontrar confiança e tentar melhorar um pouco a sua vida.
O filme tem um estilo muito independente e em alguns momentos chega ser monótono mas consegue ter algumas sacadas muito interessantes. A todo o momento Freeman é reconhecido como o ator que fez "aquele filme com a Ashley Judd", e sempre que o ator encontra uma fita de vídeo daquele filme, ele tenta tirar o preço (sempre muito barato) ou escondê-la. O tempo inteiro Freeman fica observando as pessoas e imitando seus trejeitos como se estivesse em um exercício constante de atuação o que rende algums momentos bem inusitados.

Nota: 8


Melhor momento: quando Freeman e Scarlet entram numa loja Target para fazer compras.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Apêndice A - Piadinha

Qual a semelhança entre o Ronaldo e o Flamengo?





OS DOIS SÃO BI E TOMARAM DE 3!!!!!!!!!!!!

Capítulo Chororô



Foi difícil resistir.


Eu achava que era impossível alguém superar o Riverplate x Botafogo mas eu agradeço ao Flamengo por superar o meu time no quesito "Derrota Mais Vergonhosa Internacional". Eu nem preciso ficar de zoação. É só procurar no google e no YouTube.







A torcida do Botafogo já sabia o que era óbvio. O Souza é um merda.


Isso é para os torcedores vagabundos de qualquer time aprenderem que:

- O teu time do coração não paga tuas contas nem teu salário (exceto os dirigentes ladrões e os "torcedores profissionais").
- O jogador que é teu ídolo ganha muito mais do que você para fazer algo que você faz de graça e de vez em quando até paga.
- Pra você ir no estádio você é sujeito a todo o tipo de sacrifício e humilhação. O dirigente do teu time devia te agradecer e te tratar bem.
-Você não precisa do teu time pra viver. O teu time precisa de você.

ABAIXO AO PÃO E CIRCO DO FUTEBOL BRASILEIRO.
ENQUANTO OS POLÍTICOS NOS ROUBAM O POVO SE OCUPA COM CARNAVAL E COPA DO MUNDO.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Chapter 7 - Cookie Mood

Fiz o teste de personalidade indicado no blog da minha namorada. Descobri que sou um "craftsman", ou seja, um artesão. Tem um banner na lateral com uma explicação. Vou copiar uma descrição do site:


"ISTPs have an adventuresome spirit. They are attracted to motorcycles, airplanes, sky diving, surfing, etc. They thrive on action, and are usually fearless. ISTPs are fiercely independent, needing to have the space to make their own decisions about their next step. They do not believe in or follow rules and regulations, as this would prohibit their ability to 'do their own thing'."

Não concordei muito com essa parada. Até acho maneiro motos e aviões... mas não com eu pilotando ou saltano deles. Idependente?... Acho que só concordo um pouco com a parte de não seguir regras. Especialmente as estúpidas.


"At work, ISTPs contribute their realistic and logical way of meeting situational requirements. They can see the easiest and most expedient route to completing a task, and they do not waste their effort on unnecessary things. They often act as trouble shooters, rising to meet the needs of the occasion. Since many ISTPs have a natural bent in technical areas, they may often function as 'walking encyclopedias' of technical information. "

Enciclopédia ambulante? Só se for de besteira. De resto eu concordo.

O melhor é a lista de pessoas famosas que tem a sua personalidade:

  • Bruce Lee
  • Charles Bronson
  • Clint Eastwood
  • James Dean
E até personagens fictícios:
  • Boba Fett
  • Han Solo
Tou emocionado, tenho a mesma personalidade do BOBA FETT e do HAN SOLO.

domingo, 4 de maio de 2008

Capítulo Carioca 2008 - Epílogo

Ano que vem tem outro campeonato.

sábado, 3 de maio de 2008

Chapter 82 - Nobody cares for a dead man's work

Já fazia um mês que eu estava trabalhando na empresa. Eu ainda morava no quarto emprestado do apartamento Sigmund e a nossa diversão diária era encher a cara no bar. A gente nunca realmente ficava muito bêbado (acredite, quando se morre a tolerância ao álcool fica bem maior) mas o suficiente para demorar a achar a sua própria casa.
Foi uma boa época para mim, eu tinha alguém que me guiasse naquela cidade louca e estranhamente pacífica e a rotinha fazia bem para mim. O meu trabalho consisitia em ficar arrumando umas planilhas horríveis e que a cada dois dias mudavam de formato. Eu já havia avisado a Sol sobre as planilhas mas ela não me deu muita atenção. Eu devia estar fazendo entrevistas com novos candidatos mas alguma coisa emperrou o processo seletivo. Na verdade a empresa toda estava mergulhando numa latrina caótica de burocracia interminável e os diretores achavam que se podia combater burocracia com mais burocracia. Eu nem tentava mais entender eu só seguia o que me falavam.
Conversando sobre isso com o pessoal da sala eu vi que todos eles estavam na mesma situação fazia três meses.
-Então nesses três meses vocês estão só arrumando planilhas?
A reposta foi uníssona: Sim.
Eu pedi que me passassem todas as planilhas. Após duas horas eu consegui juntar todas elas numa só, separei em abas, escrevi umas três macros, colori vários campos (chefes adoram planilhas coloridas) e chamei o pessoal pra dar uma olhada.
Eu não sei o que eu fiz mas todos eles ficaram meio assustados. Eu acho que nem foi pelo fato de eu saber manipular planilhas, mas foi mais pelo fato de eu ter feito sem pedirem. Depois disso enviei a planilha para Sol com umas instruções. Tudo parecia bem até que no fim do dia ela me pediu para ir na sala dela.
-Alexis, querido eu queria falar com você sobre essa planilha que você fez.
-Sim, o que foi?
-Eu enviei isso pra diretoria e todos concordaram que a empresa inteira está se afogando em burocracia então sua planilha vai ser usada como base para um sistema da corporação. Eu já estava tentando implantar a idéia desde que informatizamos a empresa, mas só agora o pessoal lá de cima aceitou.
-Então isso quer dizer que...?
-Você vai liderar a iniciativa da criação e implantaçao desse sistema.
-Olha Sol, eu não sou analista de sistemas.
-Alima entrou alguns meses antes de você. Ela é analista de sistemas. Astrid vinha estudando isso faz 4 anos por conta própria e fora da empresa. Você já tem duas analistas. Vocês tem duas semanas para apresentar um planejamento.
Eu tentei argumentar, mas estava decidido. Eu estava é ferrado. Ao sair da sala contei as novidades. Alima e Astrid pareciam animadas. Sigmund estava com um sorriso maroto e na testa dele estava escrito que eu estava ferrado. As outras meninas ficaram indiferentes.
O espediente acabou e como fazíamos todos os dias, eu e Sigmund fomos para o bar.
-Pode falar, você acha que eu estou ferrado né?
-Alexis, meu garoto juvenil, você está é fodido. Não é pelo trabalho, mas é por causa das suas coleguinhas.
-O que tem elas duas?
-Elas não se batem de jeito nenhum, quase caíram na porrada, de puxar cabelo e arranhar. Muita mulher junto não dá certo cara.
-Que beleza...
-E pra piorar, eu não sei se você notou mas a Úrsula ficou meio puta da vida.
-Ela deve tar chateada porque eu tou na frente de algo.
-É mais ou menos isso... sempre puxou o saco da Sol e de todo os chefes... tava funcionando até agora.
-Tá Sigmund, me ajuda. O que eu preciso saber das duas para eu não morrer nessa brincadeira?
-A Alima é uma menina legal, mas ela leva as coisas pro pessoal. Toma cuidado quando você avaliar algo dela, tem que deixar claro que é profissional.
-E a Astrid?
-Cara, ela quer mandar na porra toda. Quase sempre fazendo do jeito dela que é quase sempre do jeito errado. Mas quando ela faz do jeito certo pode confiar. De qualquer maneira você vai precisar de sorte. Muita sorte...
-Eu só quero sair inteiro dessa coisa toda.
Nos trinta minutos seguintes Sigmund ficou me sacanaeando e reclamando do trabalho. Eu continuei a virar minhas cervejas e fomos capotar como sempre fazíamos. No dia seguinte eu teria que começar o planejamento dessa coisa toda.
Eu nem sabia como começar.