segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Chapter 906 - Absolute Sandman 4


Último volume da republicação de Sandman no formato Absolute. Como os outros três volumes, a encadernação é primorosa e de qualidade. Além das histórias, muitos extras, ilustrações, fotos de estátuas de porcelana, descanso de livros, relógios e produtos relacionados ao Sandman. Duas das histórias são dissecadas com a impressão de rascunhos e do roteiro original de Gaiman.
Neste último volume é publicado o maior arco de histórias do Sandman, "The kindly ones", aonde Morpheus tem que acertar as contas com seus atos passados, terminando com sua morte. Em uma entrevista Gaiman foi perguntado porque ele matou o Sandman e ele gentilmente explicou: "Todas as coisas boas tem um fim. Do contrários elas viram novelas (soap operas)." Após ler tantas histórias do Sandman este último arco é deveras emocionante. O começo é confuso e lento, e a medida que as pontas vão se unindo é possível entender a intenção do ritmo inicial, com um resultado que chega a ser comovente.
No fim de tudo, é possível ver como vários personagens que inicialmente pareciam irrelevantes na verdade eram os que mais presavam o senhor dos sonhos e a emoção que eles transmitem diante da eminente morte do Sandman é o que tornam esta história tão memorável. O personagem que mais me surpreendeu foi o corvo Mathew que mesmo diante da morte desejou não abandonar seu mestre até o último segundo.
Após a morte do Sandman, o arco "The Wake" introduz o novo senhor dos sonhos, e mostra o funeral de Morpheus com um dos desenhos mais belos que já ilustraram o Sandman. A última história, ilustrada por Charles Vess é mais uma história que conta com a interação do antigo sandman com Willian Shakespeare, complementando a história "Midsummer Night's Dream".

Nota: 10

domingo, 25 de janeiro de 2009

Chapter 905 - Dominion Tank Police


Sou fã da fase antiga de Masamune Shirow e faz pouco tempo li mais um mangá inacabado do autor. Como sempre o ambiente da história é futurista, a protagonista é uma mulher e envolve forças policiais. Na cidade fictícia de Newport, a violência chegou a níveis tão severos que algumas unidades da polícia usam tanques e são divididos em pelotões. A protagonista é uma líder de esquadrão, Leona Ozaki, uma oficial pavio curto que ama seu tanque e tem um humor terrível.
O futuro imaginado por Shirow é curioso. Os prédios tem uma forma meio orgânica, tanto no exterior quanto no interior, e a melhor descrição que escutei para a paisagem desenhada é "cidade de cheetos". Os veículos como sempre são bem desenhados e passam um tom futurista típico do autor. Os tanques tem um desenho curioso e extremamente compacto (para um tanque) e como sempre existem vários modelos e explicações do autor sobre certas decisões que ele toma em relação ao "projeto" dos veículos.
O que achei mais interessante deste título é a total falta de compromiso com uma história cheia de planos ou intrigas. Grande parte do título é dedicada ao humor e conflito entre os personagens a cenas de ação dos tanques. Os desenhos são de ótima qualidade e o autor abusa de hachuras e expressões cômicas em seus personagens.
A história de Dominion é dividido em dua fases. No primeiro volume, Shirow cria um futuro mais catastrófico aonde a poluição é tão grave que as pessoas tem que andar de máscara nas ruas e as polícia ainda começa adotar tanques de maneira improvisada e desorganizada. No segundo volume Shirow explicitamente muda muito do cenário e diz abertamente aos leitores para ignorarem a continuidade do primeiro volume para o segundo. Na segunda parte a poluição não é mais um problema e as pelotões de tanques são uma realidade da cidade. Alguns personagens foram suprimidos e novos foram adicionados.
Além da segunda parte que começou com o título de Conflict 1, eram previstos mais 4 partes. Como é típico do autor essas partes nunca foram feitas e mais um título ficou inacabado. A série acabou gerando alguns OVAs (animação para o mercado de vídeo caseiro). Alguns episódios passaram no multishow na década de 90 e na minha opinião eram fracos.

Nota: 7,5

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Chapter 16 - Space, Above and Beyond

Sempre que eu via Discovery Channel, uma das coisas que sempre me chamaram mais atenção eram os programas sobre astronomia. A falta de bons programas sobre o assunto na TV aberta me fez ser relativamente curioso sobre o tema, especialmente sobre equipamentos como o Ônibus Espacial e a MIR. Outro equipamento fascinante é o telescópio espacial Hubble, fonte das imagens deste artigo.
Muitas pessoas acham que o gasto neste tipo de pesquisa é inútil e que o dinheiro deveria ser gasto de uma maneira melhor. A maioria das pessoas que fala isso esquece que o dinheiro gasto em programas espaciais é ínfimo se comparados com gastos em armas. Outro fato notável é a falta de percepção de que quando um equipamento espacial é desenvolvido, nada impede que sua tecnologia seja aplicada na rotina de pessoas comuns. O desenvolvimento de roupas, veículos e lançadores espaciais já trouxe uma série de benefícios para o cidadão comum. Tecidos mais resistentes, plásticos e polímeros mais leves, flexíveis e tolerantes a temperaturas e vários outros materiais que melhoraram a qualidade de coisas simples como eletrodomésticos ou colchões.
Eu acredito fortemente que o espaço é o destino da humanidade, portanto não existe um gasto mais conciente e correto do que a pesquisa da astronomia.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Chapter 309 - Rurouni Kenshin

Desenho que passou no Brasil entre 1998 e 2002 e foi uma febre entre os adoradores de anime. Eu mesmo achava esse desenho muito bom mas depois cansei rapidamente pela grande quantidade de episódios e volumes do mangá.
Rurouni Kenshin conta a história de Kenshin Himura, um ex-samurai que tenta compensar seus tempos de matança trabalhando como empregado em um dojo quase falido. A história segue a fórmula batida de um cara que é muito poderoso mas que teme utilizar seu poder e machucar as pessoas. Aos poucos as pessoas vão descobrindo que ele não é só um mero empregado e desconfiam que ele seja alguém importante ou procurado e isso acaba atraindo caçadores de recompensas, criminosos e agentes do governo.
Apesar de ter uma história batida, o mangá/anime se passa no início da era Meiji e retrata alguns aspectos interessantes do período histórico, como abertura cultural para outros países, especialmente EUA e Europa, introdução maior de armas de fogo e explosivos e o banimento do uso de espadas.
Um dos problemas do anime é que ele acaba avançando muito rápido na história do mangá, e a partir de um certo ponto as histórias não são mais as originais e a qualidade cai tremendamente. O mangá também é extremamente longo e como quase todo o tipo de história que envolva artes marciais, sofre da cronica de Dragonball Z, aonde a noção de rapidez e força se perde e as lutas já não fazem mais sentido. Pra ser bem honesto não sei o que tornou Rurouni Kenshin um título tão ovacionado. Talvez fosse a carência de um título de samurais aonde os personagens fossem mais simples e não tivessem super poderes ou algo assim.
Certamente algo que ajudou a alavancar o anime foi a trilha sonora. As músicas eram acima da média considerando o estilo J-Pop e a trilha de fundo era bem feita e cativante. Algumas músicas de encerramento até hoje são lembradas como uma das melhores trilhas de animes já feitas.


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Chapter 307 - Bleach


Um mangá/anime que começou muito promissor, mas como quase toda a produção recente acaba caindo na mesmice. Bleach conta a história de Ichigo, um estudante que vê espíritos. Um dia ele acaba se encontrando com o espirito da morte e numa situação para salvar sua família ele troca de lugar com o zé caveira. A partir de então ele precisa atuar como zé caveira (Shinigami no original), recolhendo espiritos que estão presos na terra e eliminando Hollows, espiritos corrompidos que se tornam monstros e assombrações. O traço do mangá é bem característico e as capas são muito bonitas. O traço do anime é mais padrão mas é mais adequado à animação.
O início como já falei é a melhor parte do mangá/anime pois a história é descompromissada, mostra Ichigo se metendo em confusões por causa de sua ocupação extra e seus conflitos com Rukia, a Shinigami que trocou de lugar com ele. Seus colegas de escola logo desconfiam do comportamento estranho de Ichigo e outros despertam sentidos paranormais e até poderes.
Porém no meio da série, Ichigo e seus amigos acabam viajando para o mundo espiritual e tudo fica meio Dragonball Z. Porradaria, fulano é mais poderoso, "vou usar 100% do poder" e etc... .
Também é impossível ignorar o quanto Bleach é copiado de Yu Yu Hakusho. Tanto Ichigo quanto Yusuke são estudantes brigões, ambos ficam encarregados de trabalhar para uma entidade espiritual e no meio da série ambos possuem um lado negro que eles próprios temem. Porém, Yu Yu Hakusho tem uma vantagem tremenda sobre Bleach, pelo menos no Brasil: a dublagem hilária que contém expressões bizonhas como: "Chupa Cabra", "Ah eu tô maluco", "Caiu na área é pênalti" e várias outras expressões que ninguém pensaria em colocar num desenho.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Chapter 605 - The Day The Earth Stood Still

O Dia em que a Terra Parou (The Day The Earth Stood Still, 1951)


Uma das vantagens de se ficar doente é que você passa muito tempo vendo TV. Consequentemente acabamos vendo muito lixo, mas às vezes passa alguma pérola. Um dia desses no TeleCine Cult passou este clássico da ficção científica. Um alienígena chapa quente pousa na Terra juntamente com o seu robô de borracha e quando tenta passar a mensagem para os terráqueos, já chega levando chumbo. Puto da vida ele se mistura aos humanos e vive alguns dias com uma família numa pensão. Ele rapidamente se afeiçoa a uma mulher e seu filho e o ajuda nas lições de casa e passa alguns dias com ele conversando e ensinando sobre o mundo.
Depois de muito pelejar Klaatu (o alien) consegue falar com um físico renomado. Eles conversam e o alienígena revela que se não conseguir passar sua mensagem a absolutamente todos os líderes do mundo, a chapa vai esquentar. Pra provar isso ele gera uma pane elétrica total e irrestrita no mundo. Neste meio tempo ele é baleado. A mulher acaba o ajudando e passa uma mensagem ao robô toscão (Gort), que resgata Klaatu. No fim, Klaatu surpreende a todos ao aparecer vivo, e passa a sua mensagem de que se a Terra não se comportar, o Gort , apesar de ser tosco e feito de borracha vai passar o cerol e detonar com o mundo. Ele vai embora e deixa todo mundo boladão. Fim.

A minha resenha não faz justiça ao filme. É velho, preto e branco, mas é muito bem feito e com diálogos diretos, simples e bem escritos. O filme é curto até, o que ajuda pois não tem enrolação nenhuma.

Nota: 10.