segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sábado, 17 de julho de 2010

Chapter 608 - Forbidden Planet

Clássico da ficção científica de 1956. Uma tripulação passa 2 anos em uma nave para chegar ao misterioso planeta Altair IV. A missão, era verificar o destino de uma missão colonizadora enviada anos antes, mas que nunca havia dado notícias. Ao chegar no planeta, o Comandante Adams (Leslie Nielsen) encontra somente dois sobrevivientes, o Dr. Morbius e sua filha Altaira. Todos os membros da missão anterior haviam perecido. Segundo o doutor, todos foram mortos por um monstro misterioso, exceto ele próprio e sua filha.
O planeta é rodeado de uma tecnologia muito avançada, pertencente aos Krell, uma raça que , apesar de extremamente evoluída, foi extinta misteriosamente. O próprio doutor se submeteu a experimentos com a tecnologia perdida dos Krell e se tornara extreamamente inteligente, capaz inclusive de construir o robô Robby, um construto capaz de sintetizar qualquer objeto que seja desejado. Ao longo da trama a tensão aumenta devido à insatisfação do doutor com a presença da tripulação terrestre, à ingenuidade de Altaira em relação os visitantes da terra, e ao reaparecimento do monstro responsável pelas mortes da missão anterior.
O filme é foda, e ponto. É incrível o que um bom argumento e atores de qualidade podem fazer. O visual do filme de fato é extremamente datado, mas se encaixa perfeitamente com o clima do filme, e apesar de antigo, não comete gafes científicas. O filme simplesmente tem o tema de ficção científica como pano de fundo, e usa isto de maneira eficiente. O tema não é usado para parecer inteligente, o que no fim das contas tornaria este tipo de obra uma grande burrice. O final é excelente.

Nota: 10


(Caramba, o Leslie Nielsen tinha cor no cabelo nesse filme!!!)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Chapter 310 - Ghost in the Shell - Stand Alone Complex


Depois de todo mundo ganhar muita grana com o Mangá e com o filme, anos depois, em 2002 para ser mais preciso, resolvem fazer um anime. O anime não tem relação direta com o filme ou o mangá, ou seja, não é continuação ou uma história anterior, mas talvez seja a adaptação mais próxima do mangá, com os personagens mais parecidos em termos de personalidade.
Parte dos 26 episódios são histórias independentes, com histórias interessantes e auto contidas, geralmente focando algum personagem em especial, aprofundando sua história e personalidade. A outra parte dos episódios foca em uma história principal, o chamado caso do "Homem que Ri" (ou no original "The Laughing Man"). Quase todos os episódios são muito bem escritos, com clichês ocasionais, mas quase sempre surpreendendo o espectador. Raramente as ações e resultados são previsíveis, fazendo com que o espectador tenha vontade de seguir em frente para descobrir o que vem adiante. O final da série é muito bom, talvez com exceção da seqüencia final que é bem janjão na minha opinião.
O clima das histórias é Cyberpunk da melhor qualidade, com um visual bem moderno e limpo, ao contrário de referências óbvias como Blade Runner e Akira. O futuro mostrado no anime é relativamente absurdo por se passar em 2029 mas, se não levarmos o tempo em consideração, este é um futuro bem plausível, aonde os humanos possuem auto grau de próteses mecânicas e cibernéticas, habilidades melhoradas e um cyberespaço extremamente denso e vasto.
O grande tema do anime é o impacto de uma sociedade tão integrada no cyberespaço, aonde uma pessoa pode armazenar e retirar dados de seu cérebro, as sensações de seu corpo são informações digitalizadas e pessoas podem rapidamente sincronizar informações entre si. Várias questões são levantadas como a possibilidade das pessoas serem hackeadas, manipulação intensa de mídia, perda de individualidade das pessoas, vício em cyberspaço (algo que já acontece hoje) e, talvez o tema "mais profundo", se é possível que IAs se tornem entidades com personalidade, emoção, ou seja, se é possível criar vida artificial.
O animação é bem feita, relativamente moderna, mas longe de ser um primor. Possui um pouco de animação 3D que é bem combinada com o 2D.

Nota: 8,5


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Chapter 607 - Ghost in the Shell


Revirando velharias, acabei vendo novamente este "clássico" da animação japonesa. Lançado no Japão em 1995 e no ano seguinte nos EUA, rapidamente Ghost in the Shell, baseado no mangá homônimo, alcançou status de cult, sendo considerado um sucessor de Akira, tanto pela profundidade da história quanto na técnica de animação.
Eu bem lembro que consegui ver pela primeira vez isso em 1998 e confesso que na época entendi muito pouco do filme e pra piorar, conseguir o mangá naquela época era foda de difícil. Hoje em dia é moleza conseguir um scan maneiro de qualquer mangá, mas companheiro, na época da internet discada, achar o diabo do mangá era difícil, e baixar uma página a cada 4-5 minutos com uma qualidade duvidosa era complicado.
Eu lembro que achei impressionante, e acho que o fato de não entender porra nenhuma ampliou esse fator. Vi e revi várias vezes até finalmente entender a trama e após pensar muito, não deixo de pensar como o filme é legal, mas deveras pretencioso. Na maior parte do tempo os diálogos são muito bons mas, em alguns momentos, claramente existe um desejo se ser cabecinha e muita merda é falada sem necessidade.
Sobre a trama, ela se passa em 2029, em uma realidade com uma tecnologia extremamente avançada. As redes de computadores são super densas e integradas e as pessoas têm fácil acesso a implantes cibernéticos, que permitem navegar nestas redes além de ter capacidades físicas ampliadas e possibilidade de manipular equipamentos por interface neural. .
A história retrata uma equipe de elite da polícia, denominada Seção 9. Esta equipe lida com casos extremamente especiais, seus agentes tem quase status de agentes secretos e possuem acesso à tecnologia de ponta. O foco se dá na Major Motoko Kusanagi, uma oficial de elite da seção 9. Durante todo o filme ocorrem vária discussões sobre incidentes diplomáticos, um tentativa de se dar asilo a um programador japonês um papo muito confuso. Antes que se entenda o que diabos está acontecendo, a intérprete do primeiro ministro é hackeada. Descobrem que o trabalho foi feito por um famoso hacker chamado Pupper Master. Ao investigarem a fonte, chegam a um lixeiro e um outro hacker, para descobrirem que ambos também foram hackeados e estavam sendo manipulados pelo puppet master.
Durante uma noite, numa planta industrial de corpos cibernéticos, um corpo é feito fora do cronograma. Ele é capturado após ser atropelado no meio da noite e é levado até a seção 9. É percebido então que o corpo não possui nenhuma célular cerebral humana, mas mesmo assim possui um "fantasma" (uma entidade característica que indica individualidade e consciência). Motoko demonstra um intenso interesse em se comunicar com esta possível IA, mas no meio disso tudo começam a chegar vários malucos na história, uma cacetada de coisas é revelada, fica tudo confuso pra caralho, dão um mata leão em geral e levam o corpo embora.
A seção 9 rastreia os caras que levaram o corpo até um prédio velho, aonde Motoko luta contra um tanque blindado, se fode toda, mas no fim das contas com a ajuda de Batou (um outro membro da seção 9) consegue se comunicar com o Pupper Master. Após uma conversa tediosa e super cabecinha eles decidem se fundir, se tornando uma entidade única. Outra unidade de outra seção policial chega com um helicóptero, passa o fogo em geral. Batou consegue salvar o corpo da Major. No fim, Motoko/PuppetMaster vão embora para ter muitas aventuras e confusões na sua sessão da tarde. The End.

EXPLICAÇÃO FOR DUMMIES:
O confuso sobre o filme é que ele se explica muito pouco. Cabe ao espectador ligar os pontos. A minha resenha é porca, então ao invés de tentar sacar tudo aqui veja a porra do filme e depois leia essa explicação, Uma vez entendido é fácil ligar os fatos e entender a trama.
Antes dos acontecimentos do filme, alguma agência do governo desenvolve um programa super foda pra hackear diplomatas. Eles soltam o programa na rede mundial e deixam ele tocando um terror. Após alguns anos, o programa aprende tanto que acaba se dando conta da própria existência, mostrando os primeiros sinais de consciência. O programa foge do controle e começa a hackear geral pra escapar. O tal programador mostrado no início do filme é o principal desenvolvedor desse projeto, chamado 2501. No meio disso tudo, as agências tentam ligar vários incidentes diplomáticos entre si pra criar uma confusão da porra, até o acontecimento da manipulação da intérprete do primeiro ministro. Seção 9 captura os hackers de rua rastreados.
Durante a noite um corpo é produzido fora do cronograma na planta da Megatech. O corpo é encontrado e levado à seção 9. Aí é que começa a ficar cagado.
Do nada chegam 2 caras da seção 6 e começam a fazer um monte de perguntas. No caminho, Togusa (membro da seção 9) acha os caras meio suspeitos e nota que apesar de serem só 2, vieram em 2 carros. Ele vê os filmes da segurança e saca que tem mais gente com aqueles 2, só que usando camuflagem termo-óptica (invisível à luz e a Infravermelho). Ele avisa a equipe, e eles esperam pra ver o que acontece. No meio dessa coisa toda, o corpo é ativado e começa a rolar um papo maconhado entre o 2501 e os caras da seção 6 e 9. Do nada rolam explosões e o corpo é levado. A seção 9 rastreia os carros usados na fuga. Eles sacam que tudo foi encenado pela seção 6, desde os primeiros incidentes, tudo pra provocar o 2501 e fazê-lo acreditar que precisaria entrar em um corpo, se desligando da rede. Essa seria a chance para destruir o corpo e sua consciência, pois se descobrissem a verdade sobre o 2501 daria uma merda sinistra no governo. Porém a Major da seção 9 é meio pancada da cabeça e acaba se fundindo ao 2501.
Parando pra pensar, essa explicação é quase do tamanho da resenha, então não é tão for dummies assim.

MÉRITOS TÉCNICOS:
A animação é foda pra caralho, mescla 2D com 3D de maneira simples e eficiente. Após rever, não consigo imaginar outra animação 2D tão bem feita, talvez com exceção de Akira. Mesmo sendo de 1995, a maioria dos desenhos recentes é pinto perto disso aqui. Shrek e Procurando Nemo é o cacete.
Os cenários são absurdamente bem feitos e na minha opinião só Viagem de Chihiro chega no mesmo patamar.

ADAPTAÇÃO DA OBRA ORIGINAL:
O filme é bem diferente do mangá. Tem um passo extreamemente LENTO. A personagem principal é quase um zumbi sem emoções de tão introspectiva, enquanto no mangá é uma personagem com personalidade bem mais emocional. O mangá também possue momentos de humor e o filme possui um tom completamente sério. Não é um defeito, mas quem vê o filme e depois lê o mangá estranha bastante.

CONCLUSÃO:
Filme muito bom, com um viés pretencioso, mas que definiu um marco para animação japonesa e para a estética do cinema de ação moderno, já que Matrix CHUPOU TODA SUA ESTÉTICA de Ghost in the Shell, fato inclusive abertamente declarado pelos picaretas irmão Wachachá e pelo produtor Joel Silver, todos eles com o rabo bem cheio de dinheiro vendendo filosofia barata e anúncio de celular, roupa de couro e óculos escuros.

"Ó cara, tá vendo esse desenho da hora? Faz o filme ficar que nem isso, valeu?" - Irmãos Wachachá para o Joel Silver nas reuniões do Matrix.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Chapter 606 - Hachi


Antes de tudo, podem zoar. Podem rir.





Já riram? OK.

Filme baseado em história real sobre Hachi, um Akita, que todos os dias esperava seu dono, o professor Parker (Richard Gere) em uma estação de trem. Um dia o dono morre e não volta. O cão todos os dias retorna à estação esperando pelo seu dono até sua morte.
Obviamente o filme está longe de ser memorável, mas possui mais acertos do que erros. Em momento algum ele tenta ser pretensioso, é piegas quando necessário, mas o mais importante, o filme é sobre o relacionamento do animal com seu dono. Outro fato interessante é que a história real se passou no Japão, enquanto a do filme se passa em uma cidade americana. Normalmente isto seria um ponto negativo, mas o fato de Parker não ser japonês, o faz pesquisar e tentar entender mais sobre a raça de Hachi, fazendo com que o espectador acabe aprendendo sobre o animal.
Outro ponto positivo é que o filme é relativamente curto e se resolve de maneira correta, sem recorrer a grandes encheções de linguiça, ou a repetidas cenas do cão fazendo travessuras ou se mostrando o cão maravilha.
Obviamente o filme fica extremamente emotivo após a morte do personagem de Gere, e com sucesso, mostra a melancolia de Hachi, a interação dos funcionários da estação de trem, a eventual fama do animal na cidade, até a sua inevitável morte. No fim, é mostrada a estátua de Hachi na estação de Shibuya em Tóquio, e a história original é explicada.
Resumindo, é um filme simples, que tem como único objetivo emocionar o espectador através de uma história comovente.

Nota: 7,0
Melhor momento: a esposa de Parker, visita seu túmulo 10 anos após sua morte, e na volta encontra Hachi ainda esperando seu marido. Juntos eles esperam mais um trem chegar à estação.

Mais informações sobre Hachi, neste artigo da wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Hachik%C5%8D

domingo, 3 de janeiro de 2010

Chapter 908 - Peanuts Completo

Não precisa ser muito esperto para saber do que se trata. Peanuts, mais conhecido como Snoopy pela geração que viu o desenho animado no Brasil, é uma das obras mais cultuadas dos quadrinhos. O que surpreende nesta primeira coleção é o traço bem diferente daquele que conhecemos. Os personagens parecem ainda mais infantis do com que estamos acostumados, e pelo menos até o fim deste volume, Charlie Brown é um garoto um pouco atrevido e menos triste, mas os diálogos sentimentais e reflexivos ainda estão lá.
Outro fato notável é que o autor vai aos poucos introduzinho os personagens, nas primeiras tiras a turma se resume a 4 ou 5 crianças, e aos poucos, outros personagens como Lucy, Linus e Shroeder vão sendo introduzidos na história, permitindo que os leitor se acostume com eles aos poucos.
O livro é de ótima qualidade e está sendo publicado aqui no Brasil pela L&PM, que faz alguns anos já publicava algumas coletâneas menores em pockets, fácilmente achados em bancas de jornal. A torcida é que os outros volumes não demorem...

Nota: 9,0 (pra variar a edição americana tem uma cara melhor...)