quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Chapter 302 - Almost Famous

Certamente um dos filmes que eu mais gosto de assistir até hoje. Almost Famous conta a história de William Miller, um garoto normal dos anos 60 até descobrir que sua mãe havia feito ele pular 3 anos na escola. Sua irmã mais velha Anita, cansada das excentricidades de sua mãe, quando faz 18 anos vai embora de casa para ser aeromoça e deixa de presente para William sua coleção de LPs, com vários clássicos do Rock dos Anos 60 e 70.
William adquire uma ótima capacidade de escrita graças à educação da mãe que é professora de literatura inglesa e, prestes a se formar na escola com 15 anos, acaba conhecendo seu ídolo, o crítico musical Lester Bangs. Após escrever alguns artigos ele é contratado pela Rolling Stone para ecrever um artigo e é escalado para seguir a banda Stillwater. Acompanhando a turnê da banda ele se afeiçoa a Penny Lane, uma groupie que segue o guitarrista Russel Hammond.
É complicado falar mais deste filme sem estragar a história. O fato é que este filme é uma espécie de terapia familiar do diretor Cameron Crowe, que realmente pulou 3 séries na escola e antes de ser diretor de cinema foi jornalista de Rock e editor da Rolling Stone. Durante a série é possível ver inúmeras referências a bandas e músicos dos anos 60 e 70. Outra coisa interessante é que para o filme foram reunidos alguns músicos para compor músicas para a banda Stillwater e uma delas, Fever Dog, foi incluída no CD da trilha sonora comercial do filme.
Eu devo dizer que após assistir tantas vezes, eu prefiro a versão extendida do filme, pois na minha opinião possui algumas das melhores falas alguns momentos que considero esclarecedores e essenciais para o entendimento das personagens e do filme como um todo. As falas são muito bem escritas e todos os atores foram bem escalados, com destaque para Kate Hudson no que considero o melhor papel de sua carreira, como Penny Lane e para Billy Crudup que faz um trabalho competente como Russel Hammond. Porém quem destrói no filme é Frances McDormand no papel da mãe de William. A direção é competente e evidentemente o destaque é para a interação da trilha sonora com os momentos dramáticos/cômicos do filme.

Nota: 10,0 para a versão extendida 9,5 para o corte original.

Melhor momento: quando o avião da banda está prestes a cair.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Chapter 301 - Blue Submarine No.6

Blue Submarine No. 6 é um desenho japonês de 1998, e tentou ser pioneiro em animação 2D + 3D. A história se passa num futuro apocalíptico aonde as calotas polares derreteram e a raça humana sobrevive meio à bangu. Pra melhorar um cientista louco criou uns híbridos de animais, gerando um exército de criaturas bizonhas com máquinas igualmente bizonhas para destruir a raça humana com o velho discurso "vocês são a praga do planeta e vamos destruir vocês." A raça humana contra ataca com as frota de submarinos oriunda da guerra-fria e uma frota especial, a Blue Fleet que, sem precisar pensar muito, é composta dos submarinos Blue, entre eles o número 6 que é o mais focado na história.
Essa série saiu para o mercado de vídeo caseiro e só teve quatro episódios, o que tornou a história um tanto corrida e mal contada, usando claramente uma estratégia de encher os olhos do espectador com ação desenfreada e efeitos especiais 3D. Apesar disso a série tem seus méritos. A combinação 2D + 3D é a melhor que eu já vi até hoje, e caga na cabeça de similares americanos tipo Titan A.E. A história até o segundo episódios é razoável pra boa com um desfecho na metade que deixa o espectador curioso. Mas da metade pra frente, a história vai ladeira abaixo com um final bem safado.
Talvez o motivo de eu gostar muito dessa série é a trilha sonora toda composta e executada pela banda japonesa The Thrill. Toda a trilha é um estilo Jazz - Blues -Pop sei lá o que, e até hoje me pergunto porque gosto tanto das músicas. Somente uma delas é cantada, a de encerramento (que considero a melhor) que deixo neste vídeo.



O nome da música é Mina soko ni nemure. Não sei o que quer dizer. Só acho que a música devia ser 100% em japonês, as partes em inglês ficam estranhas.

domingo, 24 de agosto de 2008

Chapter 10 - Stairway to Heaven

Nota 1 - Acabou o mato.
Nota 2 - Só sobrou céu.

1 + 2 = fudeu.

domingo, 17 de agosto de 2008

Chapter 9,5 - Yo ho ho ho ho, e uma garrafa de rum!

E o progresso tem sido fantástico. Só que fudeu agora, só tem mato e céu...

domingo, 10 de agosto de 2008

Chapter 9 - Just keep swimming...

Cara, demorou... mas finalmente vejo luz no fim desse túnel.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Chapter 8 - sobre a capacidade de se impressionar

A cada dia que passa mais eu me convenço de que a raça humana está ficando cada vez mais burra. Eu poderia enumerar várias razões para isso, mas a que mais me impressiona é capacidade das pessoas de se impressionarem com as coisas mais idiotas do mundo.
Exemplo prático:

Email falando sobre como as empresas pegam leite vencido e reempacotam pra economizar dinheiro. É só conferir um número no código de barras se o leite e novo ou reaproveitado.

Me lembro uma vez que várias pessoas receberam um e-mail desses e ficaram revoltadas. Tinha até gente respondendo dizendo que sentiu um leite meio azedo e comprou outro sem o tal número no mercado e aquele sim estava bom.
Será que nenhuma dessas pessoas parou pra pensar na asneira que estão fazendo? Vamos pensar um pouco:
1 - A empresa pega leite vencido e revende pra economizar
Tá, até aí faz algum sentido.
2 - Reempacotam.
Já começou a ficar zoado. A empresa tem que economizar. Então ela pega milhões de litros de leite empacotados e leva de volta pra fábrica?
3 - Colocam um número "xyz" no código de barra, e por esse número dá pra saber que aquele leite é batizado.
Puta que pariu, se uma empresa fosse fazer isso ela ia deixar na cara pra todo mundo descobrir que o leite tava estragado?
Outra coisa, essas antas que acreditaram nisso tudo por acaso já viram leite estragado? Fica tipo uma pasta.

Mas sempre tem uma criatura que pode argumentar:
"Não, mas podem colocar vários conservantes e outros produtos químicos pra deixar o leite parecendo novo."

Sim, eles poderiam fazer isso, mas não seria um custo a mais? A idéia é eles abaterem o custo de comprar mais leite dos produtores. Se eles gastam mais dinheiro, é pura burrice, fora o fato de várias pessoas se cagarem com uma dor de barriga federal e depois de um tempo tacarem processo e uma inspeção da vigilância nas fábricas.
Outro fator que as pessoas não são obrigadas a pensar mas é relevante: o pacote de leite (o Tetrapak) é custoso e muitas vezes mais caro que o próprio leite, portanto é completamente inviável eles fazerem tal artimanha.
Podem falar o que quiser, isso é burrice, e quem acreditou é porque ficou com preguiça de pensar. Tenho pena da pessoa que ficou procurando o leite "certo" no mercado.

Existem outras 30 modalidades de e-mails pega trouxas. Crianças desaparecidas, eventos astronômicos inexistentes, produtos de uso comum que causam mutações, leis absurdas (estilo vão abolir a lei da gravidade) e todo o tipo de bizonhice.

Porém o que mais me frustra ultimamente é como as pessoas olham superficialmente as coisas. No meu trabalho, aonde as coisas deveriam ser extremamente técnicas e objetivas, as pessoas observam quase 100% das vezes na aparência final do produto. Cores, disposição, visual agradável, e quase nunca reparam se o produto atende às suas necessidades. É possível produzir algo completamente sem objetividade, mas se a aparência for correta você receberá elogios.
Eu me lembro, que eu estava a 4 horas de uma demonstração de produto e embora eu tivesse cumprido com 90% do prometido, sabia que se não colocasse algo para impressionar o público, a recepção não seria das melhores. Eu não tive dúvidas e coloquei uma figura bem chamativa. O resultado não foi outro além de vozes impressionadas. Na verdade eu acho que só a figura sozinha já faria o serviço todo.
É pedir demais para as pessoas pensarem um pouco? Porque uma figura impressiona tanto e algo funcionando não é nada mais do que o esperado?

No fim, a pergunta é sempre a mesma: porque as pessoas acreditam em tudo tão facilmente? Porque quando você duvida, você é o cara pessimista, é o cara chato? Acho que ser céptico é dever de cada pessoa pela simples natureza cruel de nosso mundo. Só existe malandro porque tem otário.

Hoje em dia a coisa tá tão grotesca que qualquer pessoa liga pra sua casa e diz que seqüestrou filho ou irmão. A coisa tá tão ridícula que ligam até pra pessoa que não tem parente.

Muito se fala sobre a sociedade atual ser a sociedade da informação. Pois bem, deveríamos dizer que essa é a sociedade da informação burra. A informação mais requisitada é a informação inútil, enquanto um punhado de pessoas usa a informação útil para enriquecer e deixar a população mais burra e alienada.


sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Chapter 300 - Shurayukihime


Lady Snowblood (ou Shurayukihime no original) é um filme japonês de 1973. A história é simples e direta: uma jovem garota é treinada desde criança para vingar seus pais que foram mortos por um grupo de golpistas. O grupo matou seu pai, e seu irmão ainda muito pequeno. A mãe foi estuprada pelo grupo seguidas vezes e foi largada na rua. A mãe de Yuki conseguiu matar um deles, mas foi para a prisão. Consumida pelo ódio, se entregou para vários homens na prisão, para que pudesse gerar um filho que concluiria sua vingança. Porém uma menina nasceu e a mãe morreu pouco tempo depois do parto. As colegas de cela que a ajudaram no parto enviaram a criança a um monge que a treinou.
Não é preciso dizer muito que a garota sai retalhando geral no filme. A cada corte os membros dos adversários saem voando com direito a uma jorrada de sangue falso bem fajuto. Caros, não se iludam pensando que isso é parecido com Kill Bill. Tarantino copiou na cara de pau várias sacadas deste filme, ao começar pelo enredo de vingança, artes marciais, um protagonista do sexo feminino, o fato dela correr atrás de cada um deles para matá-los um a um, o treinamento duro com um velho sábio, e o sangue voador mal feito, a foto acima não me deixa mentir.
Apesar disso tudo, Lady Snowblood não tenta ser engraçado em momento nenhum. A história é simples mas é razoávelmente trabalhada e os atores, embora não sejam brilhantes, não comprometem. Algumas cenas de lutas são meio estilo seriado japonês com aqueles saltos meio bizonhos mas são lutas legais e não muito longas o que não as torna tediosas. A trama é dividida em capítulos (algo que Tarantino também copiou) e ao longo do filme é possível entender o porque dela ser dividida assim. Não vou contar o porque disso, mas creio que seja uma das melhores sacadas narrativas que vi nos últimos tempos.
O filme pode ser achado no e-mule. Recomendo o blog Cine Divx Bizarro (cata no google), lá tem links para o filme e para as legendas.

Nota: 9,0

Melhor momento: o treinamento da menina é totalmente sem noção.