sábado, 26 de julho de 2008

Chapter 299 - Choushinsen Flashman

Como falei de Changeman no post anterior, fica difícil não falar de Flashman. Não sei ao certo se esta foi o Super Sentai seguinte a Changeman no Japão, mas certamente foi posterior. No Brasil foi exibido pela Manchete na esperança de repetir o sucesso de Changeman. Porém o fato da série ter o formato igual (5 integrantes coloridos, mata monstro, cresce monstro, robô mata monstro gigante) fez com que os telespectadores considerassem flashman uma imitação.
Sob todos os aspectos técnicos, Flashman é uma série mais bem feita. Os efeitos são menos mal feitos (algumas montagens de naves espaciais são razoáveis), os monstros são um pouco menos toscos e a história é um pouco mais trabalhada, mas pelo fato de ter vindo depois dos Changeman, seus personagens nunca tiveram o mesmo carisma.
Talvez a escolha dos dubladores brasileiros não tenha sido a melhor. Embora a dublagem seja competente, algumas vozes simplesmente não são tão carismáticas e algumas vezes são estranhas mesmo.
A história consistia de cinco jovens que foram raptados quando crianças por uma raça conhecida como caçadores espaciais. Os caçadores são comandados pelo Monarca LaDeus, um ser poderoso que comanda o Cruzador Imperial Mess. Por algum motivo não explicado eles foram parar no Planeta Flash, um planeta longínquo, com 4 satélites, habitados por um povo avançado. As crianças são acolhidas e recebem treinamento com o objetivo de voltarem à Terra e derrotarem o Cruzador Espacial.
Em algum momento de suas vidas, os Flashman descobre que Mess está indo para a Terra. Mesmo contra a permissão do povo do planeta Flash, eles vão para a Terra a bordo de uma grande espaçonave e assim começa a luta.
Mess empregava os caçadores espaciais afim de coletar material genético de todo o universo para produzirem mais monstros e soldados mais poderosos e assim dominar todo o universo. Isso os leva à Terra, e ao chegarem são surpreendidos pela grande gama de seres existentes na terra.

Segue uma descrição dos personagens:


Jin - Red Flash - como sempre o vermelho é o líder. Como sempre é o cara que na hora da merda se levanta e baixa a porrada nos inimigos. Foi criado no planeta Flash.

Dan - Green Flash - é o mais forte da equipe pois foi criado no satélite Green Star aonde a gravidade era mais intensa.

Go - Blue Flash - é o zoador da equipe e o mais novo. Ele tinha o poder de andar nas paredes e tinha uma agilidade extrema. Também era um dos mais resistentes e conseguia viver muito tempo sem água. Ele foi criado no satélite desértico Blue Star.

Sara - Yellow Flash - é a mais inteligente e aprendeu a controlar o ar e o frio. Vivia no satélite gelado Yellow Star. É a única a achar seus pais na série.

Lu - Pink Flash - é a menos aprofundada na série e não tem uma personalidade bem definida. Tinha o poder de levitar e viveu no satélite Pink Star.

Mag: robô idiota que era a segurança da nave dos Flashman.

Star Condor: era o genérico da Base Shutle. Era de formato bizonho e trazia os veículos que se transformavam no robô Flash King. Os veículos eram o Tanque Comando e Delta Craft e Omega Craft, dois jatos.

Titan Flash: um segundo veículo gigante dos Flashman. Era um caminhão. A parte da frente se transformava no robô hiperativo chamado Titan Jr. A carroceria mais tarde se juntaria a ele formando o Grand Titan, que realmente baixava a porrada nos monstros. Ele só aparece no meio da série.

Vilões:

Monarca LaDeus: era o Sr. Bazoo genérico. Não fazia muita coisa além de falar, ao contrário do Sr. Bazoo que realmente tocava o terror. No fim até ele é transformado em monstro.

Dr. Keflen: era o cara que criava os monstros, através do sintetizador bio-molecular, que não passava de um teclado estilizado que saía uns sons de órgão. No fim da série ele descobre que é um terráqueo.

Neffer: comandante do grupo, tem uma aparência de ser uma onça misturada com sei lá o que. No decorrer da série ganha mais poderes e baixa muita porrada nos flashman. O poder especial dela consistia na Visão Infernal, que iludia os Flashman causando muitos danos.

Wandar: outro comandante, era meio fresquinho. Também ganha mais poderes ao longo da série e consegue congelar o tempo por 3 segundos, fazendo miséria com os Flashman.

Urk e Kirt: personagens inúteis só apareciam um pouco nas lutas.

Gals: outro inútil, só dava um pouco de trabalho nos Flashman.

Kaura: se em Changeman tinha Buba, Kaura era o seu equivalente. Ele se revelou o responsável pelo rapto dos Flashman. Ele era acompanhado de quatro caçadores espaciais. Um dos personagens mais interessantes, quando ele aparece na série faz com que os Flashman tenham muito mais dificuldade de derrotar o Império Mess, inclusive conseguindo destruir o Flash King, deixando os Flashman na merda até a chegada de Titan Jr. Assim como Buba, morre em luta dramática com Red Flash. Em um certo momento da série passa a lutar contra Mess e contra os Flashman ao mesmo tempo.

Medusan: Genérico do Gyodai. Ele foi criado a partir do DNA de criaturas marinhas. Tosquinho, sem graça e nem um pouco carismático (o Gyodai era engraçado pelo menos). Só servia pra aumentar os monstros.

Assim como Changeman, Flashman evolui de maneira semelhante. No início a série tem vários episódios focando em cada personagem. Conhecem alguns personagens importantes e em algum momento, um novo vilão aparece para desequilibrar as forças (Ahames em Changeman, Kaura em Flashman). Os heróis conseguem superar essa diferença, mas algum evento deixa os vilões em vantagem (aura energética em Changeman, novos poderes de Wandar e Nefer em Flashman). Os heróis ficam na merda, sofrem mas superam os problemas. Os vilões regulares são mortos seguidamente até o fim da série e então o embate final acontece.
Não me admira que o sucesso de Flashman tenha sido limitado no Brasil, o roteiro é quase idêntico!
Mesmo assim, Flashman tem alguns méritos.
- Foi o primeiro Super Sentai a ter dois robôs gigantes.
- Abordou o tema de manipulação genética. De maneira ingênua, mas o fez.
- Mostra os heróis de maneira mais dramática, pois todos procuram seus pais.
- Os heróis ficam sem robô gigante por alguns episódios o que tira um pouco da mesmice.

O resumo da série é bem parecido com o que eu descrevi acima. Além disso, eles conhecem a família Tokimura, que no final se revela ser a família de Sara. Ao longo do relacionamento deles com a família eles descobrem uma reaçao negativa à Terra, por causa do tempo que passaram no Planeta Flash. Eles tomavam um choques bizarros e não podiam tocar plantas e pessoas. No fim da série eles tinham um tempo limitado para derrotar o Mess e agonizavam ao lutar. Ao vencerem o Mess, eles voltam ao planeta Flash para serem tratados e poderem voltar à Terra.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Chapter 298 - Denkegi Sentai Changeman


Esses dias eu tava vendo porcarias na internet e me deparei com uns links do e-mule para a série completa. Eu já queria baixar faz um tempo para rever e já consegui assistir alguns episódios. Primeiro eu não lembrava que eram tantos episódios assim (55) e realmente eu não lembrava que eles eram tão mal feitos.
A história é totalmente jogada. Começa com vários maluquinhos em roupas militares tomando uma surra do comandante Ibuki. Geral fica puto com o treinamento e quando todos ameaçam abandonar a organização conhecida como Defensores da Terra, o exército de Gozma invade a terra. Como alguma coisa tem que acontecer, do nada, sem explicação, cincos dos caras são atingidos por uma força bizonha que o comandante diz ser a força terrestre. Os caras ganham essas roupas ridículas e sem explicação nenhuma eles baixam a porrada nos monstros, o monstro morre com a Power Bazooka, o Gyodai faz o monstro crescer, eles chamam a Base Shuttle, eles juntam os veículos e montam o robô e matam o robô com a espada.
Assim começa o ciclo interminável de matar monstro, monstro crescer, chamar robô, matar monstro gigante. Quase todos os episódios são bizonhos, as tramas são mal escritas e as maneiras que os alienígenas tentam dominar a Terra simplesmente são idiotas.
Embora exista uma ingenuidade extrema nos roteiros, de vez em quando há lampejos de inteligência. Aos poucos percebemos que os vilões na verdade também são oprimidos quanto os terráqueos, já que a maioria deles já haviam lutado contra Gozma e o Sr. Bazoo. Muitos deles esperavam que conquistando a Terra, teriam como pedir ao Sr. Bazoo a liberdade de seus planetas.
A qualidade dos efeitos especiais era precária, monstros bizonhos, isopor e papel maché e montagens bem podres. As maquetes eram razoáveis e apesar disso tudo podia-se notar que a série havia investido uma grande quantidade de dinheiro. Em várias cenas nota-se o uso intenso de figurantes, em algumas cenas são usados helicópteros e os changeman várias vezes usam motocicletas e carros durante algumas cenas.
A dublagem brasileira era decente, e é possível reconhecer algumas vozes no elenco. O dublador do Change Griffon (o preto) é o mesmo que dublou o Jaspion. Quem dublou Buba, o pirata espacial também dublou o Sr. Barriga de Chaves e quem dublava o Gata (o bicho verde de Gozma) e o Gyodai tem uma voz muito parecida com a do dublador do Nhonho do Chaves.
Segue um resumo dos principais personagems:
Comandante Ibuki: o cara que montou os defensores da Terra. Nos episódios finais ele se revela um alienígena que teve seu planeta destruído por Bazoo. Ele havia vindo para a Terra e montou a organização para tentar derrotar Gozma.
Tsurugi Hiryu: Changeman Vermelho, Change Dragon, é o líder deles. Foi jogador de baseball e tinha uma bola que desaparecia, chamada Bola Dragão.
Hayate Shou: Changeman Preto, Change Griffon, é o pegador. Sempre penteia o cabelo antes de lutar.
Ozora Ryuma: Changeman Azul, Change Pégasus, é o atrapalhado do grupo.
Sayaka Nagisa: Changeman Branca, Change Mermaid, é a certinha e talvez a mais inteligente.
Mai Tsubasa: Changeman Rosa, Change Fênix, é a marrentinha que quer partir pra porrada.
Nana: talvez uma das personagens mais importantes da série. Nana era uma criança do planeta Tecnolíquel. Os seres deste planeta tem por característica terem uma infância curta e quando alcançam a adolescência, o fazem subtamente liberando a aura energética. Quem fosse irradiado por essa aura se tornaria muito poderoso. A busca pela aura fez com que Gozma perseguisse Nana.
Rei Bazoo: é o cara que toca o terror na série. Ele manda na porra toda e mata quem não fizer o trabalho direito. No fim é descoberto que Bazoo era só uma projeção da consciência do planeta Gozma.
Comandante Giluke: ele lidera inicialmente o exército de Gozma contra a Terra. Após falhar em adquirir a aura energética de Nana, ele é morto por Bazoo. O seu ódio faz com que seu espírito assombre a já adolescente Nana, fazendo com que ela irradie a aura uma segunda vez. Ele revive dos mortos como Super Giluke.
Rainha Ahames: outra comandante de Gozma, ela aparece no meio da séria. Ela é banhada pela primeira irradiação da aura de Nana e adquire novos poderes tornando-se muito poderosa. Ela possui um dragão de duas cabeças chamado Jangueran (pronunciado "Iangueram").
Buba: pirata espacial, adversário mais feroz de Change Dragon. Morre em luta dramática após libertar Shiima de seu feitiço.
Shiima: outra combatente de Gozma, Shiima é uma mulher com voz de homem. Quando Buba quebra seu feitiço, Shiima volta a ter sua voz normal e se alia aos Changeman.
Gata: bicho verde de Gozma, meio idiota e caricato. Era navegador da nave de Gozma. No fim ele se alia aos Changeman por causa de sua família que passa perigo.
Gyodai: clássico personagem, fazia os monstros crescerem. Ele apenas era leal ao Gozma pois eles davam o que comer para ele. No fim acaba se aliando aos Changeman após ser abandonado.

Dados curiosos:
-Changeman foi a primeira série Super Sentai a ter um bicho que aumentava os monstros derrotados.
-O ator que fazia o Change Griffon hoje é programador de jogos.
-Sim o dublador do Change Griffon era o mesmo do Jaspion, o que significa que ele é o Takeshi, do Shoptime.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Chapter 903 - Revised - Absolute Sandman Volume 3


Terminei de ler Absolute Sandman volume 3. Certamente até agora contém alguns dos arcos mais instigantes especialmente por serem histórias que contam o passado de Morpheus (Sandman) e também sobre sua relação com seus irmãos. Neste volume, Sandman e sua irmã Delírio tentam a qualquer custo encontrar seu irmão desaparecido, Destruição e ao longo da busca, vários fragmentos da história são revelados.
A arte como sempre é variada e no estilo Vertigo, aonde o artístico supera a exatidão.
Talvez este volume não empolgue tanto pelo fato de percebermos que Gaiman parte para o fim da história. Não só pelo fato de estarmos no volume 3 (de um total de 4), mas principalmente pelo volume de emoções que ele passa nas histórias pessoais do Sandman.
O meu destaque vai para a quantidade generosa de extras, que vão desde a dezenas de ilustrações, até uma pequena história com a personagem Desejo, e fotos de alguns items curiosos, como bibliocantos temáticos e estátuas de porcelana do Sandman em várias formas.
Além disso tudo, temos o roteiro detalhado com os rascunhos de Gaiman para a história de Sandman #50, Ramadan.

Nota: 8,5

domingo, 20 de julho de 2008

Chapter 297 - Why so serious?

Se você for no cinema esperando um bom filme de heróis, fique longe de The Dark Knight. Este é um filme sobre a humanidade e podridão dos tempos modernos.
O filme começa como um soco no estômago e vai assim até o fim. Nenhuma cena é gratuita, todas elas existem por alguma razão. Todos os atores estão competentes mesmo quando pouco aparecem.
Heath Ledger realmente fez o papel de sua vida com o Coringa, mas acho exagerado que ele deva ganhar um Oscar, embora não possa dizer até agora se neste ano tenha existido uma atuação melhor.
Christian Bale segue competente no papel de Bruce Wayne, embora ele muitas vezes pareça até um coadjuvante.
No lugar da fraca Katie Holmes, Maggie Gyllenhaal interpreta Rachel Dawnes, promotora de Gothan City.
Aaron Eckhart é quem realmente brilha no filme com o papel de Harvey Dent, promotor, namorado de Rachel e mais tarde o homem que seria conhecido como Duas Caras.
Gary Oldman, Michael Caine e Morgan Freeman seguem competentes em seus respectivos papeis, Jim Gordon, Alfred e Lucius Fox.
Christopher Nolan destrói como diretor, mostrando como é possível fazer um filme profundo usando heróis e vilões como protagonistas. No fim o que se vê é que os heróis e suas fantasias são um pequeno detalhe perto das pessoas que compõem o cenário do filme.
Muitos críticos disseram que The Dark Knight faria pelos filmes de quadrinhos o que o Watchmen fez pelos quadrinhos e concordo em parte. No fim, ambas as obras falam sobre temas muito parecidos, a sociedade moderna (Watchmen lidava com a guerra fria e a possibilidade de um holocausto nuclear enquanto Dark Knight fala da criminalidade e principalmente da corrupção) e como elas seriam influenciadas por personagens que desiquilibrariam a ordem natural das coisas.
Certamente o Coringa em muitas horas lembra o Comediante (especialmente no que diz respeito à visão do mundo e das pessoas), e no fim ambas as obras recorrem ao sacrifício de muitos como a única saída para a redenção de todos.



Nota: 10

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Chapter 296,5 - Bad and Good News

Hoje eu tive duas surpresas cinematográficas. Uma relativamente agradável e outra meio bizonha.
Descobri que soltaram o primeiro trailer de Watchmen. Cofesso que estava com muito medo de que o filme ficasse uma bosta, mas o trailer mostrou que existe esperança.

O trailer pode ser visto nesse link:
http://www.apple.com/trailers/wb/watchmen/

A surpresa ruim ficou por conta de Spirit que sai no fim do ano. O trailer mostra que Frank Miller definitivamente está ficando senil. Tem horas que o filme parece uma grande merda colorida. Spirit deveria ter um clima NOIR e não um ar escalafobético.

O trailer pode ser visto aqui:
http://www.interney.net/blogs/melhoresdomundo/2008/07/17/trailer_do_spirit/#more21767

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Chapter 904 - Sanctuary

Mais um mangá de Yakuza. Sanctuary conta a história de dois amigos de infância que possuem um passado misterioso. Ambos tem metas ambiciosas em suas carreiras e eles prometem que juntos cumprirão a promessa de criar o que chamam de Santuário. Chiaki Assami decide seguir carreira política enquanto Akira Hôjo decide virar um Yakuza.
O mais interessante deste mangá é o retrato da política japonesa, com uma forte crítica à estagnação de pólos políticos dominados por dirigentes idosos e regras que priviliegiam o tempo do político em detrimento à habilidade ou ao carisma, muitas vezes fazendo a nossa política parecer fichinha.
As cenas de Yakuza são também interessantes e razoávelmente realistas, sem nenhuma luta absurda no estilo Crying Freeman. Assim como Chiaki tem como objetivo mudar a política, Akira tenta mudar a mentalidade da Yakuza, usando estratagemas e o carisma ao invés de pura força bruta.
A história tem um passo dinâmico e com muitas reviravoltas, fazendo de cada volume uma pequena trama que leva ao volume seguinte.
Os desenhos são do competente Rioychi Ikegami, de Crying Freeman. Neste título o traço mostra uma evolução, com uso mais intenso de retículas, tornando o desenho mais rico em texturas. O roteiro é de Sho Fumimura.
Este título está sendo publicado pela Conrad, que sofrívelmente distribuiu até o volume 6. A história vai até o volume 12.

Nota: 8,0