sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Chapter 310 - Ghost in the Shell - Stand Alone Complex


Depois de todo mundo ganhar muita grana com o Mangá e com o filme, anos depois, em 2002 para ser mais preciso, resolvem fazer um anime. O anime não tem relação direta com o filme ou o mangá, ou seja, não é continuação ou uma história anterior, mas talvez seja a adaptação mais próxima do mangá, com os personagens mais parecidos em termos de personalidade.
Parte dos 26 episódios são histórias independentes, com histórias interessantes e auto contidas, geralmente focando algum personagem em especial, aprofundando sua história e personalidade. A outra parte dos episódios foca em uma história principal, o chamado caso do "Homem que Ri" (ou no original "The Laughing Man"). Quase todos os episódios são muito bem escritos, com clichês ocasionais, mas quase sempre surpreendendo o espectador. Raramente as ações e resultados são previsíveis, fazendo com que o espectador tenha vontade de seguir em frente para descobrir o que vem adiante. O final da série é muito bom, talvez com exceção da seqüencia final que é bem janjão na minha opinião.
O clima das histórias é Cyberpunk da melhor qualidade, com um visual bem moderno e limpo, ao contrário de referências óbvias como Blade Runner e Akira. O futuro mostrado no anime é relativamente absurdo por se passar em 2029 mas, se não levarmos o tempo em consideração, este é um futuro bem plausível, aonde os humanos possuem auto grau de próteses mecânicas e cibernéticas, habilidades melhoradas e um cyberespaço extremamente denso e vasto.
O grande tema do anime é o impacto de uma sociedade tão integrada no cyberespaço, aonde uma pessoa pode armazenar e retirar dados de seu cérebro, as sensações de seu corpo são informações digitalizadas e pessoas podem rapidamente sincronizar informações entre si. Várias questões são levantadas como a possibilidade das pessoas serem hackeadas, manipulação intensa de mídia, perda de individualidade das pessoas, vício em cyberspaço (algo que já acontece hoje) e, talvez o tema "mais profundo", se é possível que IAs se tornem entidades com personalidade, emoção, ou seja, se é possível criar vida artificial.
O animação é bem feita, relativamente moderna, mas longe de ser um primor. Possui um pouco de animação 3D que é bem combinada com o 2D.

Nota: 8,5


Um comentário:

ghfdc disse...

Esse eu nunca vi...

Um abraço!