sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Chapter 66 - Cookies, Girls and Alcohol

Esta é uma história que está na minha cabeça faz um tempo. Vou ter que dividir em partes, pois ficaria muito longo e provavelmente vou mudar de idéia no caminho.

Lobo

Meu nome é Luís Carlos Lobo. Meus colegas da polícia só me chamam de Lobo, mas eu sei que me chamam por trás de Lobo Mau, cachorro louco, filho da puta e viadinho-que-ainda-não-aceitou-aquele suborno do traficante. Os últimos dois nomes são fáceis de adivinhar. Me chamam de cachorro louco porque em geral quando eu saia numa batida eu sempre matava uns 3 ou 4. Quanto ao Lobo Mau, isso tem a ver mais com a minha vida pessoal. Sou divorciado faz 10 anos. Minha ex-esposa, Marta, uma das criaturas mais escrotas do mundo (desculpe não dá pra falar de outro jeito) descobriu que eu estava traindo ela faz alguns anos e pediu o divórcio. Quando eu casei com ela, era uma pessoa doce e fácil de se viver, mas ao longo dos anos ela se tornou uma amargura e só Deus sabe como virou uma porra duma crente, daí pra frente só foi merda no ventilador.
A única coisa que eu consegui salvar foi a minha filha, Dalila (sim, a porra da Bíblia...), hoje com 16 anos. Ela mora com a mãe e com o padrasto, que deve ser uma bicha louca pra casar com a imbecil da minha ex. O fato é que a minha filha nunca gostou muito da idéia de seguir à risca o caminho de Jesus o que a tornou uma pouco mais amiga do seu pai canalha. Talvez fosse o fato de eu deixa ela fazer quase tudo o que ela quisesse (por puro remorso lógico), mas eu gosto de acreditar que é porque ela gosta de mim. Bem ou mal ela aprendeu a respeitar o pai, especialmente quando um dia desses ela achou que estava grávida, e o borra botas que tinha metido nela havia dado no pé. Eu tratei de achar o merdinha e dei uma surra no desgraçado. Eu dei o azar do pai dele estar junto então tive que arrebentar o pobre senhor também. A sorte deles é que ela não estava embuchada coisa nenhuma, mas eu tratei de fazer ela tomar a porcaria da pílula, escondida da mãe lógico.
Tirando a minha filha a única coisa que eu realmente me importo é o meu trabalho. Sabe, eu posso ter passado o rodo em toda as putas quando eu era casado e ser um pai medíocre mas ninguém pode dizer que eu sou um policial ruim. Nunca aceitei uma porra de um suborno e posso dizer com orgulho que enfiei muita bala em ladrão e assassino.
Vocês devem estar se perguntando porque estou contando esta história toda. Sabe aquele papo de que quando você está morrendo, a sua vida passa pelos seus olhos? Bem amigo, tem um monte de sangue no banco de trás do meu carro, e como a minha vida não começou a passar pelos meus olhos eu achei legal contar um pouco dela pra quem quiser escutar.

3 comentários:

Lila Yuki disse...

Cookie Monster estilo Sin City!

B. disse...

Pensei exatamente isso...seria uma versão evil do Hartigan? Ou seja: o Hartigan com uma pitada de Marv..quem sabe...

ghfdc disse...

"É marmelada"! Onde já se viu, crente se divorciar, e depois casar com outro?
Mal começou a história, e já vai ter que fazer retcom?
Hehehe...