domingo, 23 de setembro de 2007

Chapter 67 - Murder at the cookie factory

Muitos já notaram, realmente eu bebi muito de Sin City. Segunda parte...


Eu acordo no hospital. Estou todo moído, mas vivo. Eu só lembro de muitas luzes vermelhas, de alguns rostos de médicos e um tanto de sangue voando. Eu já estive muito mal antes mas aquele dia realmente foi foda. Alguns dias a minha filha vem me visitar mas vai pra escola logo depois de fingir estar preocupada comigo. Eu passo semanas de cama e nesse tempo eu recebo muito material de leitura: uma bela pilha de papeis que tenho que ler a assinar sobre a grande merda que eu fiz...
Eu e mais 13 policiais da DP estouramos uma boca de fumo, um exercício que sempre fazemos no final do mês pra acalmar os nervos. O problema é que o nosso informante não previu que o chefe da boca estaria lá. O fato é que estouramos tudo o que tinha lá e tomamos de volta não só tiros, mas também umas granadas. O resultado é que dos 14 policiais (incluindo eu), 5 morreram e só um saiu ileso. Nem tento contar os traficantes, pois sinceramente aquelas porras brotam do chão e no dia seguinte já tem algum garoto pra tomar o lugar.
Nesse meio tempo eu tomei um sermão longo do meu chefe, pois havíamos matado o Javali, um traficante influente da área. Normalmente eu ficaria feliz, mas a falta dele no cenário causou uma disputa de facções que ganhou uma notoriedade pública.
Após a minha recuperação, a guerra de facções acabou, os jornais voltam a falar de coisas que não são importantes e o meu chefe me dá um trabalho bem escroto: ele quer que eu investigue o novo traficante que ficou no lugar do Javali. Ele era conhecido como Catatau. Um nome bem imbecil de fato, mas o Javali era peixe pequeno comparado com ele. Ele mandava em comunidades inteiras e realmente fazia valer sua palavra, sempre traduzindo em chumbo e fogo. Ele era um caso típico de que era melhor ter ele morto, porque preso ia dar uma grande merda na prisão.
Eu passei os 3 meses seguintes investigando com os meus agentes. Prendemos uns traficantes menores, sempre atrás de pistas sobre Catatau e seus esconderijos. Eu senti que a coisa estava fedendo quando nós quase prendemos alguns colegas de corporação. Eu sabia que essa investigação da Catatau ia ser difícil pra caralho, mas quando temos dos nossos no meio da confusão fica tudo uma grande merda porque o que mais tem no nosso meio é rabo preso, e nesse caso os rabos estavam presos com âncoras.
As investigações estavam até indo bem quando um dia o telefone tocou. Eu vi pela bina que era o celular da minha filha e ela estava histérica. O apartamento da mãe estava em chamas. Eu saí correndo e encontrei com ela no IML, a mãe o padrasto haviam sido carbonizados. Dalila chorava muito, especialmente porque ela havia saido 5 minutos antes do incêncio. Ela havia saído pra comprar algo pra mãe e se não fosse isso ela estaria numa das gavetas do necrotério. Eu não precisei de muito pra sacar que era pra me atingir. Mais 10 minutos eu realmente não precisaria sacar nada, pois um dos putos que fez o serviço me ligou, me falando pra eu não me meter aonde eu não era chamado, que eu estava marcado, que iam levar minha filha pro beco e triturar e todo aquele papo padrão de bandido. A única coisa que realmente me assustou foi quando ele falou que eu não devia ter matado Javali, pois na família eles resolviam tudo.
Eu estava fodido até a alma. Eles agora iam partir pra cima de mim. O Catatau devia ser primo ou algo assim do Javali, e agora eles descobriram quem eu era. Eu tinha que esconder Dalila e armar algum plano bom, porque agora a o único jeito era matar o viado do Catatau. E bem morto.

2 comentários:

ghfdc disse...

O Lobo podia pedir a ajuda do Guarda Smith para prender o Catatau... Hehehe...
Um abraço!

B. disse...

Ursinho-anão, fanho e traficante! Sinal dos tempos...