quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Chapter 601 - "You got Cookie Jar!"

The Legend of Zelda: Ocarina of Time


Se eu pudesse apontar um jogo como sendo o melhor de todos os tempos, seria esse. O primero Zelda surgiu no NES e foi considerado um marco. Uma aventura muito extensa, muitos items, monstros, segredos, labirintos, tudo muito complexo no mísero cartucho do NES. No Super NES
também chutou o pau da barraca com "A Link to the Past". Porém a revolução mesmo veio na versão do Nintendo 64.
Este jogo foi marcante pelo principal motivo de ser o primeiro do gênero em 3D. Quando o N64 foi lançado o Playstation já tinha uma liderança no mercado de videogames, principalmente pela sua avantajada capacidade de processamento 3D. Porém nenhum jogo realmente havia explorado todo o potencial da nova tecnologia na época. Os gráficos haviam dado um salto gigantesco, porém ainda era fácil ver jogos com uma jogabilidade lamentável. Zelda de certa forma veio para responder a todos os problemas de jogos de ação 3D.
Foi um dos primeiros jogos a ter um mapa realmente grande, uma espécie de mundo auto-contido. Existiam transições para certas regiões do mundo, mas tudo era interligado por um mapa maior. O tempo corria no jogo, e certas tarefas deveriam ser feitas de noite ou de dia. Por exemplo, uma loja só ficava aberta durante o dia, e o coveiro só trabalhava na madrugada.
Porém a principal revolução do jogo foi o sistema de combate. Em sua época quase nenhum jogo explorava o espaço 3D para luta. Em geral existiam batalhas usando modelos 3D, mas a ação ocorria num plano 2D (um espécie de Street Fighter). O principal problema era o jogador conseguir conduzir corretamente o personagem para atingir o alvo na posição certa e no ângulo certo. Em Zelda isso foi resolvido facilmente com uma mira automática. O jogador apertava um botão, e um dos iminigos ficava com a mira travada. O jogador então somente se movia olhando para o inimigo e todas suas ações eram em relação à ele. A mira tinha um limite de distância, se o inimigo fosse para longe a mira se perdia, e em caso de múltiplos inimigos a cada aperto de um botão a mira mudava de alvo. Isso era usado em todo o tipo de combate, com espadas, arcos e outras armas e também era usado pra outros tipos de ação como ler uma placa, ou conversar com um personagem.
Além disso o jogador tinha a ocarina, uma flauta que dependendo dos comandos tocavam certas notas musicais. A ocarina realmente tinha os soms de todas as notas, e se o jogador fosse fanático o suficiente poderia tocar qualquer música de flauta nela.
O jogo tinha gráficos excelentes para a época e dependendo da cena eu diria que alguns gráficos são bonitos até hoje. A história era excelente, muito bem contada e sem furos. O jogo contém dezenas de segredos e todos labirintos e fases seguem uma progressão de dificuldade coerente exigindo inteligência do jogador. Ouvir a vinheta clássica quando se pega um item de uma arca dá uma sensação recompensadora como nenhum outro jogo consegue ("You got dungeon map!").
Zelda acima de tudo provou que não são necessárias horas de vídeos ou historinhas para se ter um jogo bom. Raramente o jogo era interrompido por mais do que 1 ou 2 minutos e as únicos sons dos personagens eram gritos ou risadas (uma limitação do cartucho do N64, mas que obrigou o jogo a ser dinâmico).
Zelda 64 até hoje é um dos poucos jogos que conseguiu 100% em quase todas as publicações de jogos eletrônicos do mundo todo.

2 comentários:

ghfdc disse...

Você esqueceu de comentar que conseguiu errar a flecha que disparou no cavalo, mesmo estando montado nele! Hahahahahahaha...

E eu quero um Wii...

P.S.: Contra o último chefe (na primeira parte da luta), nada de mira automática; o jogador que se vire!

Anônimo disse...

eai! cara eu adorei esse blog e gostaria de saber uma coisa será q vc podia colocar em seu blog as notas musicais das músicas de the legend of zelda pq eu quero tocar as músicas em minha flauta doce.Se ñ puder valeu assim mesmo

valeu!!!!!!